Tesla assina acordo e vai usar grafite moçambicano
Ccordo prevê que a multinacional dos EUA obtenha material usado em baterias elétricas a partir daquele que é considerado um dos maiores depósitos de grafite no mundo.
© Lusa
Auto Tesla
A multinacional de veículos elétricos Tesla vai usar o grafite da mina de Balama, na província de Cabo Delgado, no âmbito de um acordo assinado com a Syrah Resources, empresa australiana que explora o recurso no norte de Moçambique.
O acordo prevê que a Tesla obtenha material usado em baterias elétricas a partir daquele que é considerado um dos maiores depósitos de grafite "de qualidade" no mundo, segundo um comunicado da Syrah Resources Limited.
O material, designado "ânodo ativo (AAM)" de grafite, será levado para uma outra fábrica da Syrah Resources em Vidalia, em Louisiana, nos Estados Unidos.
"Sujeito à satisfação das condições acima, a Tesla irá comercializar 8 quilotoneladas por ano do valor inicial proposto da capacidade de produção de AAM na Vidalia", refere Syrah Resources Limited em nota divulgada hoje.
"A importância do acordo com a Tesla para Syrah é que ele fornece uma base para prosseguir com a expansão inicial da capacidade de produção da Vidalia", acrescenta a nota.
A mina de Balama retomou a produção de grafite em março, antes do previsto, depois de ter estado parada por quase um ano por causa do impacto da pandemia de covid-19, com restrições de viagens a limitar a mobilidade dos trabalhadores, e também devido à queda na procura.
A mina de Balama iniciou a produção comercial há quatro anos e emprega cerca de 650 trabalhadores, quase na totalidade moçambicanos, segundo dados avançados pela empresa em março.
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