Investigação aberta à Tesla por problemas de travagem
O regulador de segurança rodoviária dos Estados Unidos abriu outra investigação da Tesla, desta vez ligada a reclamações de que os automóveis da empresa de Elon Musk podem parar nas estradas sem motivo aparente, foi quinta-feira conhecido.
© Reuters
Auto Tesla
A Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário (NHTSA) dos Estados Unidos refere que tem 354 reclamações de proprietários durante os últimos nove meses sobre "travagem fantasma" nos modelos Tesla 3 e Y. A investigação abrange cerca de 416 mil viaturas dos anos de 2021 e 2022.
Até ao momento, não foram registados acidentes ou feridos.
Os veículos são equipados com recursos de assistência ao motorista parcialmente automatizados, como o controlo de cruzeiro adaptativo e "piloto automático", que permite que trave e ande de forma automática dentro das vias.
Os documentos publicados pela NHTSA mostram que as viaturas podem travar inesperadamente na rodovia.
"Os queixosos relatam que a rápida desaceleração pode ocorrer sem aviso prévio e, muitas vezes, repetidamente durante um único ciclo de condução", adianta a entidade.
Muitos proprietários nas reclamações dizem temer um acidente numa rodovia.
A investigação é mais uma de uma série de esforços de fiscalização da NHTSA que incluem o piloto automático e o 'software' "Full Self-Driving" (Condução Automática Completa, em tradução simples).
É a quarta-feira investigação formal à Tesla nos últimos três anos, e a NHTSA está a supervisionar 15 devoluções da multinacional desde janeiro de 2021.
Além disso, a NHTSA enviou investigadores para pelo menos 33 acidentes que envolveram Teslas, usando sistemas de assistência ao motorista desde 2016, em que 11 pessoas morreram.
No início do mês, a Tesla vai ter de recolher 817.143 veículos nos Estados Unidos para reparar um defeito no 'software' que impede a ativação da mensagem sonora que avisa que o cinto de segurança não está apertado.
Em documentos divulgados pela Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário (NHTSA) dos Estados Unidos, a empresa norte-americana disse que até 31 de janeiro não tinha registo de "acidentes, ferimentos ou mortes" causados pelo defeito.
Os documentos também revelam que foi um instituto sul-coreano que notificou a Tesla em 06 de janeiro da existência do defeito.
Após o aviso do Korea Automobile Testing and Research Institute (KATRI), os técnicos das Tesla verificaram o problema.
Este defeito afeta os modelos 3 2017-2022, S 2021-2022, X 2021-2022 e Y 2020-2022.
O problema está centrado no 'software' que controla a ativação do sinal sonoro de alerta e ocorre quando o motorista interrompe a mensagem sonora, por exemplo, ao sair do veículo enquanto está ativado. Nestas circunstâncias, o 'sofware' regista que já avisou o condutor, mas não repete o aviso sonoro.
A Tesla também indicou que o sinal sonoro é ativado quando a viatura ultrapassa os 22 quilómetros por hora e o cinto do motorista não é colocado.
A empresa de Elon Musk disse à NHTSA que, para corrigir o problema, vai atualizar de forma remota o 'software' em todos veículos afetados e vai notificar os proprietários por correio a 1 de abril.
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