Como funciona a tecnologia 'strong hybrid' nos carros da Suzuki?
Engenheiros da marca japonesa explicam tudo.
© Suzuki
Auto Suzuki
A Suzuki lançou o novo Vitara Strong Hybrid para a Europa, uma versão mais moderna e eficiente que também pode funcionar em modo totalmente elétrico. Este modelo combina o novo motor a gasolina Dualjet de 1,5 litros com 102 cv de potência, com uma unidade elétrica de com 24,6 kW de potência (33,4 cv) e o sistema Power Back (bateria de iões de lítio de 140V e inversor).
Esta combinação permite que o novo Vitara Strong Hybrid circule em modo 100% elétrico durante trajetos curtos e, acima de tudo, otimize a recarga das baterias nos momentos de desaceleração e travagem. Para além disso, o motor elétrico interage com o engenhoso sistema de transmissão automática AGS de seis velocidades para minimizar os solavancos na entrega de potência nas passagens de mudança e proporcionar uma condução muito mais confortável.
Yuichi Uda e Kazuki Nagata, engenheiros da Suzuki responderam a várias questões e explicaram o desenvolvimento deste sistema.
"Trata-se de fazer um sistema híbrido que combina um único motor e a caixa de velocidades automática (AGS), um esquema perfeito para desenvolver automóveis leves e econômicos. Além disso, aproveitando as vantagens da caixa AGS, trabalhámos para obter uma sensação de condução agradável, inclusive num automóvel híbrido", referiu Uda.
"A principal diferença para um sistema Mild Hybrid é que a tecnologia Strong Hybrid permite que o automóvel funcione utilizando apenas o motor elétrico, enquanto que o Mild Hybrid não. Outra diferença é que o sistema Strong Hybrid aproveita a maior parte da energia que é gerada durante a desaceleração, uma vez que o sistema regenera energia inclusive quando o travão esta acionado, enquanto que o Mild Hybrid só pode regenerar durante a condução por inércia quando não se está a pressionar o pedal do acelerador. Para além disso, quando se viaja em velocidade de cruzeiro, o sistema faz funcionar o motor elétrico para carregar a bateria nos momentos em que é mais eficiente fazê-lo", disse Nagata.
Os dois engenheiros referiram também no que se focaram ao desenvolver esta tecnologia.
"Concentrei-me em garantir que todos os elementos do sistema de propulsão funcionam unidos de uma forma cooperativa e eficiente. Por exemplo, o motor elétrico e o motor térmico devem trabalhar juntos para conseguir que todo o conjunto funcione de forma mais eficiente", afirmou Nagata.
"O sistema híbrido deve ter um excelente respeito pelo meio ambiente sem sacrificar as sensações de condução. Para isso, aproveitamos a caixa AGS para aperfeiçoar a sensação direta das passagens de caixa com a ajuda do motor elétrico, ao mesmo tempo em que conseguimos uma aceleração mais suave ao contar com um motor que compensa a perda de binário durante as passagens de caixa", concluiu Yuichi Uda.
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