A MINI, na pessoa do Head of Product da MINI Iberia, Miguel Alberto, explicou-nos em detalhe toda a estratégia da marca para os próximos anos. Ao Auto ao Minuto, o responsável da fabricante britânica deixou claro que a empresa pretende que o mundo fique "melhor ou pelo menos igual depois de produzir um MINI".

Como? Esta é uma estratégia pensada desde os pontos iniciais, como a extração de materiais, até à reciclagem, depois de concluído o fim de vida de um veículo.

O objetivo é claro e em 2030 a MINI quer que toda a gama seja já 100% elétrica. Um objetivo alcançável por uma marca que lançou o MINI E, o seu primeiro elétrico, em 2008, numa altura em que praticamente nenhuma marca falava em eletrificação.

Detalhes não foram esquecidos e até se aproveita o sol e a chuva

Em declarações exclusivas, Miguel Alberto prontificou-se a explicar-nos que a estratégia da MINI passa por reduzir as emissões de CO2 em mais de 200 milhões de toneladas em todo o ciclo de vida do automóvel, desde os fornecedores, à produção, passando também pela utilização do mesmo. 

Nada é deixado ao acaso e a MINI, por fazer parte do Grupo BMW, estabeleceu regras de ouro no que diz respeito às suas cadeias de abastecimento. O Grupo BMW é o primeiro fabricante a comprar lítio e cobalto, componentes necessários para a produção de baterias elétricas diretamente no mercado. 

Desde 2014 que o grupo empresarial estabeleceu que os seus fornecedores diretos têm de respeitar os direitos humanos e cumprir as normas ambientais  e sociais, tal como promover a segurança laboral e a proteção do meio ambiente. Importa frisar que a MINI utiliza apenas o lítio e o cobalto extraído de minas da Austrália e Marrocos, que cumprem com os mais elevados padrões sociais e de sustentabilidade.

Topo das instalações da MINI, em Oxford, no Reino Unido © Getty Images

Como já referimos, a estratégia para ajudar o meio ambiente vai para além da produção de automóveis menos poluentes. É por isso que a MINI tem também uma frota de 21 veículos pesados movidos a GPL para reduzir a pegada de carbono no transporte de componentes para a sua fábrica de Oxford, no Reino Unido.

E já que falamos na mais antiga fábrica da MINI, importa salientar que nela foram instalados 11.500 painéis solares (o equivalente a cinco campos de futebol) para reduzir as emissões de CO2 em cerca de 1.500 toneladas por ano. No entanto, na fábrica de Swindon, Inglaterra, também existe essa preocupação com o meio ambiente e por isso é que os 8.000 metros quadrados de telhado são utilizados para recolher água da chuva, que depois é reutilizadas na rega das áreas verdes da fábrica ou nas descargas dos sanitários.

ADN da MINI não foi esquecido

O objetivo é que em 2030 só existam veículos 100% elétricos à venda na MINI. Porém, isso não quer dizer que a MINI altere o seu ADN. Pelo contrário, os novos tempos levam a que a marca se adapte, mas as suas origens nunca serão esquecidas.

É por isso que um dos principais pilares da estratégia da MINI é manter o 'go-kart feeling'. E isso já pudemos constatar que não é por conduzir um elétrico que as sensações de condução se alteram. A MINI fez um excelente trabalho na construção do Cooper SE ou do Cooper SE Cabrio, e acreditamos que o Aceman, a grande aposta para 2024, não fugirá à regra.

Aliás, Miguel Alberto, Head of Product da MINI Iberia, garantiu-nos que quando entrássemos no habitáculo do MINI Aceman - na sua versão final de produção - iríamos ter um flashback para muitos pormenores utilizados na década de 50, apesar deste ser um carro, obviamente, muito mais digital e inovador. 

MINI Aceman ainda em versão protótipo © MINI

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