Não se fie na travagem de emergência. Especialista deixa alerta
"A atenção constante e, se necessário, a travagem de emergência executada corretamente pela pessoa ao volante ainda são o caminho mais seguro a seguir".
© Shuttersrock
Auto Travagem
Os automóveis estão cada vez mais repletos de tecnologias de auxílio à condução. Porém, não é positivo ficarmos à espera que estes atuem por si só, como descreve Reinhard Buchsdrücker, instrutor de condução da DEKRA.
O especialista da empresa ligada às inspeções e formações automóveis alertou para o cuidado que se deve ter quando se tem um carro equipado com o novo sistema de travagem de emergência.
"Durante os nossos cursos de formação de condutores, ouvimos repetidamente a visão de que o assistente de travagem de emergência assumirá completamente a travagem em caso de emergência. Este é um equívoco que pode ter consequências devastadoras em determinadas circunstâncias”, afirmou.
"Os assistentes de travagem de emergência instalados hoje não tornam inútil a travagem total do condutor. Eles são projetados para alertar o condutor sobre uma colisão iminente em determinadas situações e iniciar a travagem de emergência se este não responder ao aviso. No entanto, os sistemas de assistência à travagem nem sempre reduzem a velocidade do veículo até parar. Por exemplo, muitos desses sistemas – que serão obrigatórios para todos os carros novos na UE a partir de 2024 – só podem travar até a paralisação a partir de velocidades urbanas padrão, assumindo condições ideais", referiu
"Eles também não podem detetar com segurança todas as situações críticas. Por exemplo, muitos sistemas atualmente disponíveis ainda lutam para detetar pedestres e ciclistas, e os limites do sistema são rapidamente alcançados no escuro ou com mau tempo", acrescentou ainda o funcionário da Dekra.
Reinhard Buchsdrücker sublinhou ainda que estes assistentes são "apenas concebidos para apoiar o condutor em caso de emergência, não pilotos automáticos".
"A atenção constante e, se necessário, a travagem de emergência executada corretamente pela pessoa ao volante ainda são o caminho mais seguro a seguir", concluiu.
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