Com certeza já ouviu falar sobre condução autónoma nos automóveis. Existem vários níveis e muitas fabricantes já revelaram que a condução autónoma total ainda está longe dos nossos dias. No entanto, a tecnologia está a avançar a passos largos e a BMW proporcionou-nos uma experiência com a sua mais recente assistência à condução: o BMW Highway Assistant ou, em português, o Assistente de Autoestrada.

Este sistema foi concebido para a condução em autoestradas e para proporcionar ao condutor o conforto de uma condução autónoma, sem ter que ter as mãos junto ao volante. Pode ser utilizado até uma velocidade máxima de 130 km/h e permite mudanças de faixa com o olhar ou com as luzes de mudança de direção

No evento de apresentação do novo i5 em Portugal, saltámos para um i5 de teste – devidamente identificado – e acompanhados por um profissional ficámos a perceber como utilizar esta tecnologia e a ficar mais familiarizado com ela.

Com apenas um clique num botão alocado no lado esquerdo do volante acionamos o BMW Highway Assistant. É preciso esperar alguns segundos para que o sistema possa ficar ativo, conferir que uma ícone verde no painel acende e estamos prontos a retirar as mãos do volante. Ao início é estranho e confessamos que cria um pequeno receio deixar o i5 tomar conta de todas as operações. Porém, após poucos minutos, começámos a adaptar-nos e a gostar do conforto que esta tecnologia providencia.

Passámos depois ao passo seguinte: mudar de faixa de forma automática. Quando olhamos durante alguns segundos para um dos dois espelhos retrovisores, seja o da direita seja o da esquerda, o i5 assume a mudança de faixa, se houver condições para esta ser feita em segurança. Isto só é possível graças a uma câmara inteligente que faz uma constante monitorização da atenção do condutor. Contudo, esta não é a única forma de mudar de faixa. Pode utilizar-se, também, as luzes de mudança direção para a faixa que pretendemos e o i5 faz o resto do trabalho.

De acordo com a BMW, este sistema de condução semiautomática só é possível graças a um novo software que trabalha em conjunto com câmaras de 360º, sensores ultrassónicos e um radar. Além disto, o mapa em alta definição ao vivo tem de ser necessariamente sincronizado com GPS para oferecer todas as trajetórias precisas.

Recorde-se que este sistema de condução autónoma ainda não é reconhecido pela lei portuguesa. Na Alemanha já é reconhecido legalmente, depois de o governo germânico ter aprovado um projeto-lei em 2021.