China vai abordar expansão "cega" do setor dos veículos elétricos
A China vai trabalhar para resolver a "concorrência desordenada" e a expansão "cega" no setor dos veículos elétricos, disse hoje um vice-ministro da Indústria, ao mesmo tempo que criticou o "protecionismo comercial" de outros países.
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Auto China
Xin Guobin, vice-ministro da Indústria e das Tecnologias da Informação, afirmou que, apesar de terem sido vendidos 9,5 milhões de veículos elétricos no ano passado, a procura dos consumidores no estrangeiro é "insuficiente", segundo a agência noticiosa oficial Xinhua.
O país vai tomar "medidas firmes" para conter o desenvolvimento "cego" de novos projetos no setor dos veículos elétricos por parte de algumas autoridades locais e empresas, acrescentou Xin.
A União Europeia lançou uma investigação sobre os subsídios que o Estado chinês concede aos fabricantes de veículos elétricos, receando que o excesso de capacidade possa inundar o mercado europeu com automóveis baratos.
Xin disse que "alguns países e territórios continuam a abusar dos mecanismos de litígio comercial, implementando protecionismo comercial".
As exportações de automóveis da China aumentaram 63,7%, em 2023, para 4,1 milhões de unidades, informou a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis, na semana passada.
O aumento das exportações pode fazer com que a China ultrapasse o Japão como o maior exportador mundial de automóveis. O Japão exportou 3,6 milhões de carros nos primeiros 11 meses do ano, com uma contagem final prevista para 31 de janeiro.
Cinco das 10 marcas de veículos elétricos mais vendidas no mundo são agora chinesas.
A maior é a BYD, que ultrapassou em 2023 a norte-americana Tesla.
O domínio chinês alarga-se também à indústria de baterias.
As chinesas CATL e BYD são os maiores fabricantes mundiais. Pequim mantém ainda forte controlo no acesso a matérias-primas essenciais, incluindo terras raras.
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