Miguel Oliveira é, oficialmente, um piloto livre para 2026. A Pramac e a Yamaha renovaram com o seu atual colega, Jack Miller, para fazer dupla com o anteriormente anunciado Toprak Razgatlioglu.
O piloto português foi anunciado na Pramac Yamaha para esta época em setembro de 2024, com um contrato que iria durar até ao fim de 2026. No entanto, as coisas não têm corrido como seria de esperar.
Logo na segunda ronda do ano, Oliveira foi afetado por uma lesão complicada, mas mesmo depois de recuperar nunca conseguiu, até agora, encontrar forma de ser competitivo.
Os resultados e desempenhos são determinantes, e os do luso estão longe de ser animadores em 2025: o 12.º posto na Hungria foi a sua melhor classificação até agora, estando num distante 23.º lugar no campeonato com dez pontos. Em 11 rondas, apenas conseguiu pontuar por quatro vezes.
Como comparação, Augusto Fernández - que o substituiu durante a lesão em três rondas e fez dois 'wildcards' - tem seis pontos e é 25.º. O piloto regular da Yamaha mais próximo de Oliveira é Álex Rins, em 19.º com 45 pontos.
Jack Miller foi a escolha da Pramac
Enquanto Miguel Oliveira está numa luta para conseguir chegar aos lugares pontuáveis, Jack Miller tem sido presença regular no top 15 e até já regista um quinto lugar. Embora longe de Fabio Quartararo (o mais forte da Yamaha), o australiano tem-se mostrado mais consistente e competitivo do que Miguel Oliveira. É 17.º no Mundial.
Os resultados e o contributo de Miller para o projeto justificaram a renovação de um contrato que, inicialmente, estava previsto apenas para 2025. Esta assinatura completa o alinhamento da Pramac para 2026, com o outro piloto a ser Toprak Razgatlioglu - bicampeão mundial de Superbike, que agora se prepara para dar o salto para o MotoGP.
Futuro de Miguel Oliveira no MotoGP em sério risco
Com a continuidade na Pramac a ser uma carta fora do baralho, Miguel Oliveira está em grande perigo de perder o seu espaço na grelha do MotoGP em 2026.
Neste momento, há apenas um outro lugar vago: é na LCR Honda, onde está atualmente Somkiat Chantra. O tailandês, que se estreia este ano, está longe de impressionar (só pontuou por uma vez, com o 15.º lugar no GP dos Países Baixos).
É a única opção para Oliveira continuar a competir a tempo inteiro no MotoGP, mas segundo a imprensa estrangeira é praticamente certo que a mota seja ocupada por Diogo Moreira - promessa brasileira que atualmente compete no Moto2.
Possíveis alternativas
Se não tiver lugar, o piloto nascido em Almada terá de perseguir outras opções para não terminar a carreira no motociclismo - como por exemplo tornar-se piloto de testes de um construtor com participações esporádicas em corridas na qualidade de 'wildcard', ou então mudar de rumo e tentar a sua sorte no Mundial de Superbike.
No campeonato de motas derivadas de produção, alguns pilotos vindos do MotoGP têm tido sucesso nos últimos anos, como o bicampeão Álvaro Bautista, Danilo Petrucci (atual terceiro classificado) ou até Andrea Iannone e Iker Lecuona que já sabem o que é subir ao pódio.
[Notícia atualizada às 10h41]
Leia Também: MotoGP e Miguel Oliveira rumam ao GP da Catalunha. Veja os horários