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Fabricantes automóveis bem encaminhados para cumprirem metas de emissões

A União Europeia quer que os automóveis sejam mais amigos do ambiente, tendo metas ambiciosas para a redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2035. Neste momento, os construtores estão bem encaminhados para cumprir.

Fabricantes automóveis bem encaminhados para cumprirem metas de emissões

© Shutterstock

Bernardo Matias
16/09/2025 08:01 ‧ há 3 dias por Bernardo Matias

Auto

Emissões de dióxido de carbono

Os construtores automóveis estão no bom caminho para conseguirem cumprir as metas de emissões de dióxido de carbono que a União Europeia estabelece para o período entre 2025 e 2027.

 

É a conclusão de um relatório do Conselho Internacional de Transporte Limpo (ICCT). Bruxelas reviu os padrões em maio passado, implementando uma média para o período 2025-2027 em vez de obrigar o setor automóvel a atingir os objetivos já no fim de 2025. A meta é individual para cada fabricante, mas a média de todos é de 93,6 gramas por quilómetro.

A pretensão é reduzir as emissões de CO2 em 55 por cento para automóveis de passageiros até 2030 e totalmente até 2035 - com a expectável proibição de novos veículos a combustão a partir desse ano.

Fabricantes bem encaminhados

Sobre as metas de emissões, a investigação do ICCT conclui: "Os construtores estão a caminho de cumprir os objetivos de desempenho de dióxido de carbono da UE para novos veículos, confiando sobretudo em carros elétricos como opção de conformidade".

Por construtor, a Nissan está a ultrapassar de forma clara os objetivos para o período entre 2025 e 2027, sendo que também o grupo Volkswagen, a SAIC, o grupo Renault, e o conjunto Tesla/Stellantis/Toyota estão acima do alvo.

Quanto à adoção de viaturas elétricas, tem sido particularmente forte na Alemanha e França, com Espanha e Itália também a destacarem-se com um aumento recente. E não só: "Vários mercados mais pequenos mostram quotas de mercado de veículos elétricos particularmente altas".

Desde 2019, a quota de novas matrículas de viaturas elétricas tem vindo a crescer em diversos países europeus, com a Noruega (94 por cento) e a Dinamarca (63 por cento) a destacarem-se claramente segundo os dados compilados pelo ICCT.

Entende a investigação que "os padrões da UE ajudam a reduzir o CO2 e impulsionam a inovação tecnológica". Mas, apesar de os automóveis elétricos terem custos de utilização menores face a outras motorizações, "modelos acessíveis de veículos elétricos continuam limitados".

São considerados acessíveis carros que custam menos de 30 mil euros, esperando-se que estes aumentem no mercado "com a descida do preço das baterias".

E também é apontado o facto de os veículos elétricos a bateria serem mais baratos "de carregar por 100 km devido à maior eficiência energética". Porém, há uma variação "significativa" do preço da eletricidade na Europa. Face a um motor a gasolina, os elétricos são 33 por cento mais baratos, de acordo com este trabalho do ICCT.

Infraestrutura de carregamento

Uma das maiores limitações à adoção em massa de veículos elétricos é a disponibilidade de postos de carregamento públicos para responder à procura - ainda que também seja possível fazer o carregamento doméstico.

Neste momento, segundo o ICCT, a UE tem mais de um milhão de carregadores, o que é considerado ser suficiente "para apoiar os veículos elétricos atualmente na estrada".

Porém, fica um alerta: "No geral, são disponibilizados a um ritmo suficiente, mas serão necessários mais carregadores em países com menor adoção de carros elétricos".

Impacto ambiental e na saúde

No que toca ao impacto ambiental, é observado que "os veículos elétricos a bateria de hoje oferecem intensidade de gases com efeito de estufa mais baixa do que qualquer motor de combustão ou veículo híbrido".

A adoção deste tipo de automóveis promove uma redução da poluição atmosférica, com decorrentes impactos positivos na saúde das populações.

Considera o ICCT que "os veículos elétricos a bateria oferecem o maior potencial de alcançar os objetivos climáticos dentro do prazo, enquanto se reduz também o impacto do transporte rodoviário na qualidade do ar".

E, conclui a entidade: "Sem incluir veículos elétricos, as emissões de CO2 médias da frota atualmente seriam de cerca de 134 g/km em vez de 103 g/km".

Em todo o ciclo de vida, a própria construção destes automóveis revela menos emissões de CO2e do que outro tipo de viaturas, embora existam maiores níveis relativos ao fabrico de baterias (mais 40 por cento de emissões) e à produção de energia. A redução face aos automóveis a gasolina convencionais é de 73 por cento em todo o ciclo de vida, segundo os dados analisados pelo ICCT.

A compensação da maior quantidade de emissões poluentes com o fabrico de baterias vem das emissões 90 a 96 por cento mais baixas depois de apenas 17.000 km de utilização da viatura nos primeiros um a dois anos.

Estima-se evitar mais de 40 mil mortes prematuras entre 2021 e 2050 com a adoção de veículos elétricos guiada pelos padrões de dióxido de carbono de 2021 e de 2025-2035 - face a uma situação em que não há qualquer adoção deste tipo de viaturas. Quanto aos anos de vida ganhos na UE, são estimados em mais de 500 mil.

É, ainda, estimado, um "valor monetário de benefícios de saúde dos objetivos de CO2 2025-2035 de 2017 mil milhões de euros entre 2021 e 2050".

Leia Também: CEO da Volkswagen: "O único caminho viável é a eletrificação total"

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