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Redução de aulas de condução? ACP teme "prejuízos graves à segurança"

O ACP - Automóvel Club de Portugal junta-se às críticas contra as possíveis alterações ao ensino da condução propostas pelo governo, que admitem reduzir as aulas práticas em escola de condução.

Redução de aulas de condução? ACP teme "prejuízos graves à segurança"

© Shutterstock

Notícias ao Minuto
18/09/2025 12:16 ‧ há 19 horas por Notícias ao Minuto

Esta semana, começaram a surgir notícias sobre alterações ao Regime Jurídico do Ensino da Condução. O Automóvel Club de Portugal teme pela qualidade da formação ser comprometida e não concorda com as possíveis medidas.

 

O Jornal de Notícias escreveu esta quarta-feira que o governo quer reduzir de 32 para 16 horas as aulas práticas nas escolas de condução - privilegiando o acompanhamento por tutor, já previsto na lei como um complemento à formação profissional e qualificada.

Mas, mesmo antes disso, já a Associação Nacional de Escolas de Condução (ANIECA) alertou em comunicado para os riscos que a potencial medida pode criar: "É abrir a porta a mais acidentes e mais vítimas nas nossas estradas", defendeu.

ACP não foi consultado: "Há traços perigosos"

Humberto Carvalho, representante do ACP - Automóvel Club de Portugal esteve esta quinta-feira na CNN Portugal, onde negou que o clube tenha sido consultado pelo governo sobre esta possível medida.

Fala de "traços negativos e mesmo perigosos", num país em que há altos índices de sinistralidade rodoviária e números elevados de mortes nas estradas - lembrou.

O responsável do ACP comparou a substituição de parte das aulas em escola de condução pelo acompanhamento por tutor a uma situação de explicações de familiares ou amigos substituírem o ensino das crianças nas escolas.

No entender de Humberto Carvalho, deveriam ser implementadas "medidas que melhorassem o ensino da condução", pelo que o que está em cima da mesa "não faz o menor sentido".

Observou que os próprios candidatos a condutores estão preocupados com as possíveis alterações e que ainda não houve ninguém que completasse a formação para tutor nos cursos do ACP.

Para Humberto Carvalho, os tutores devem servir de complemento e não de substituição às escolas de condução, que têm instrutores qualificados e equipamentos adequados para o ensino.

Além disso, referiu, não se conhece "nenhum estudo" para sustentar a medida que considera que "vai provocar prejuízos muito graves em termos de segurança rodoviária".

Equipamentos especializados

Humberto Carvalho recordou que os veículos das escolas de condução têm equipamentos e viaturas específicas para que o ensino se possa fazer em segurança.

E falou das várias incógnitas que há: "Como é que um tutor vai garantir a segurança rodoviária, acompanhando um qualquer candidato nos veículos que temos atualmente? […]. Se o candidato não travar perante um peão que se apresenta na passadeira, quem imobiliza o veículo? Se o candidato não conseguir controlar o veículo num determinado trajeto, quem controla o veículo para evitar o acidente?".

O preço da carta de condução é, para Humberto Carvalho, uma questão "secundária", defendendo ainda o debate de medidas que garantam "uma cultura de segurança", em vez de comprometer a formação adequada e segura dos futuros condutores.

Posto isto, considera que as escolas de condução estão abertas a "mudanças" no ensino da condução, desde que estas "promovam uma boa formação dos candidatos e a segurança rodoviária".

Leia Também: Redução da formação profissional de condução preocupa escolas de condução

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