O GP do Azerbaijão de Fórmula 1 terminou com a segunda vitória consecutiva de Max Verstappen, num fim de semana que o holandês dominou com pole position, liderança do princípio ao fim, volta mais rápida e triunfo.
Ao mesmo tempo, foi uma ronda complicada para a McLaren, que viu Lando Norris a ser sétimo e Oscar Piastri a abandonar logo na primeira volta. Contas feitas, Verstappen sai de Baku a 'apenas' 69 pontos da liderança do Campeonato do Mundo.
Assim, o holandês da Red Bull parece reentrar na disputa pelo título: há 199 pontos por atribuir até ao fim da época, com sete Grandes Prémios em falta - três deles com corridas Sprint.
As duas vitórias consecutivas - algo que Verstappen não conseguia fazer há mais de um ano - aconteceram depois de a Red Bull ter introduzido atualizações no carro no GP de Itália. Coincidência ou não, o quatro vezes campeão dominou em Monza e, agora, no Azerbaijão.
Laurent Mekies, chefe de equipa, reconheceu que estes dois traçados são peculiares, mas mostrou-se encorajado em declarações citadas pelo The Athletic: "Monza é tão específica, não foi tão claro quanto progresso poderíamos trazer a uma pista como Baku. Então, são boas indicações para todos os que se esforçaram tanto em Milton Keynes [sede da equipa] para pôr o carro mais veloz. Sabemos que Baku também é muito específico, só com curvas de baixa velocidade, mas são duas pistas seguidas em que, pelo menos, tivemos ritmo para lutar".
Difícil, mas não impossível
Antes do GP de Itália, Max Verstappen era terceiro com apenas 21 pontos de avanço para George Russell (Mercedes) e a 104 pontos do topo do Mundial.
No espaço de duas rondas, o holandês reduziu a margem que o separa da liderança para 69 pontos (ou seja, ganhou 35 pontos a Piastri). Conseguiu, também, criar um 'fosso' de 43 pontos face ao quarto lugar ainda ocupado por Russell.
Faltam sete etapas. Mesmo se vencer todas as corridas (incluindo as Sprint) até ao fim da época, Verstappen terá de fazer as contas a resultados de Piastri.
Numa conferência de imprensa transcrita no site da FIA, o tetracampeão comentou as suas possibilidades de alcançar o título: "Não confio na esperança. Mas faltam sete rondas, 69 pontos é muito. Pessoalmente, não penso nisso. Só vou corrida a corrida, basicamente o que estive a fazer toda a época - só a tentar fazer o melhor que pudermos, tentar somar tantos pontos quanto conseguirmos. E então, depois de Abu Dhabi, saberemos".
No caso de Verstappen somar todas as vitórias nas sete rondas que faltam, ultrapassaria Lando Norris no campeonato independentemente dos resultados do britânico. Então, a matemática seria sempre com Oscar Piastri.
Assim, num cenário em que Max Verstappen consiga todos os 199 pontos que ainda há por atribuir e chegue aos 454 pontos no fim da época:
- O holandês é campeão desde que Oscar Piastri também termine com 454 pontos. Isso significaria cinco segundos lugares, dois terceiros, e mais dois quartos lugares e um resultado fora do top oito nas Sprint
- O piloto da Red Bull é campeão se Lando Norris for sempre segundo (incluindo Sprints) - neste caso, o britânico ficaria com 446 pontos e Piastri conseguiria, no máximo, 447 pontos (terminando sempre em terceiro, Sprints incluídas).
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