Ministro chamado a testemunhar em queixa contra a Volkswagen
Jorge Moreira da Silva é, até agora, a única testemunha do caso jurídico.
© Global Imagens
Auto Moreira da Silva
Foi entre setembro e outubro do presente ano que o escândalo das emissões da Volkswagen ganhou escala mundial. Em Portugal, o processo já deu entrada no Tribunal da Comarca de Lisboa.
Os advogados pedem ao grupo alemão uma indemnização suficiente para a instalação de um centro de investigação e desenvolvimento de novos motores elétricos, híbridos e outros que sejam amigos do ambiente. O valor pedido pelo advogado Pedro Sabino Gomes é de valores “não inferiores a 43.875 milhões de euros”.
A justificação incide no “arrepio do rigor germânico”, que “dececionou gravemente uma longa tradição técnica e científica e não apenas os seus milhões de clientes, mas também os cidadãos do globo e os portugueses”, refere o texto da petição inicial, que o Dinheiro Vivo teve acesso.
Além da indemnização, o advogado pede uma doação de 300 mil euros à Fundação Champalimaud.
A mesma fonte adianta que o antigo ministro do Ambiente no Executivo de Passos, Jorge Moreira da Silva, já foi chamado para testemunhar a queixa contra a Volkswagen, visto ser ele a única testemunha deste caso.
Note-se, no entanto, que o valor a pagar pelos “danos morais” pode muito bem vir a superar os quase 44 milhões de euros e ultrapassar os 47 milhões. A razão deve-se ao número de carros afetados, que inicialmente era de 117 mil automóveis, mas que os dados mais recentes apontam para um total de 125.491.
A pagar, a Volkswagen teria de suportar cerca de 375 euros por cada viatura da marca afetada pelo sistema fraudulento de emissões de gases.
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