EDP quer que carregamento dos veículos elétricos seja pago
A EDP partilha da "preocupação de que é fundamental" assegurar um serviço "eficaz e eficiente" aos utilizadores de veículos elétricos, pelo que o início dos pagamentos dos carregamentos deve ocorrer assim que estiverem reunidas as condições.
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Em resposta à agência Lusa depois de um novo adiamento no calendário, a EDP, como operador de postos de carregamento, afirmou partilhar da "preocupação de que é fundamental assegurar aos utilizadores as condições necessárias a um serviço eficaz e eficiente, pelo que o início dos pagamentos deve ocorrer quando essas condições estejam garantidas".
"A decisão de início do pagamento dos carregamentos na rede Mobi.e depende do Ministério do Ambiente. Tal como os demais interessados, a EDP está a colaborar ativamente na implementação do modelo definido legal e regulatoriamente", acrescentou ainda fonte oficial da empresa, que desconhece que exista qualquer solicitação sobre sobrecustos causados pelo adiamento do processo.
Na terça-feira, o diretor geral da Mobiletric, João Gomes, afirmava à Lusa a importância de "entender como os operadores de postos de carregamento serão compensados por sobrecustos, sem lesar os utilizadores da mobilidade elétrica".
Este dirigente espera que no início do ano avance o pagamento dos carregamentos.
Outro dos operadores, a PRIO escusou-se a comentar.
O Ministério do Ambiente informou, em 06 dezembro, à Lusa que os pagamentos nos postos de carregamento de viaturas elétricas "só deverão ter execução em 2018, atualizando a informação de outubro, que dava conta de que a cobrança não aconteceria antes do final deste ano.
A informação segue-se à que tinha sido avançada em 13 de outubro pela tutela sobre um calendário, que inicialmente referia o final do primeiro semestre de 2017.
Em outubro foi dito que os trabalhos continuavam "a decorrer para garantir as condições necessárias para assegurar uma transição eficiente".
Em meados de julho, em comunicado, a entidade gestora da rede informou que os pagamentos iriam começar depois do verão.
Como justificação, a MOBI.E referiu ter "conhecimento de que muitos utilizadores pretenderiam ter mais tempo para avaliar a adesão a um CEME (Operador detentor de registo de Comercialização de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica), sobretudo no período estival em que muitos portugueses estão de férias".
Também os CEME "manifestaram a vantagem de dispor de mais tempo para melhorarem as condições de acesso e as opções tarifárias que pretendem oferecer".
Em 08 de julho, a MOBI.E tinha agendado para o final desse mês o início do pagamento nos postos de carregamento rápidos (PCR) e informado que as tarifas seriam reveladas a partir de dia 17 do mesmo mês.
Os PCR possibilitam um carregamento de 80% da bateria em 20 a 30 minutos.
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