Postos para carregar elétricos são desligados sem aviso, dizem condutores
A Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos (UVE) criticou a Mobiletric e a Galp por desligarem postos de carregamento rápido (PCR) "sem qualquer aviso prévio", tendo a Galp e a Mobi.E referido tratar-se de questões técnicas.
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Em comunicado datado de terça-feira, o conselho direto da UVE manifestou o "total desagrado pela forma abusiva com que os operadores da mobilidade elétrica Mobiletric e Galp, decidiram desligar os Postos de Carregamento Rápido, por si operados, sem qualquer aviso prévio aos seus clientes e utilizadores da rede pública de carregamento".
Ainda na terça-feira, a Galp respondeu à agência Lusa que se trata de "um problema técnico com os cabos do 'standard' japonês" e que "é necessário mudar os cabos, o que está a ser feito e alguns postos já voltaram, entretanto, a estar disponíveis".
Por seu lado, a gestora da rede, a Mobi.E, publicou um texto com o título "carregamento rápido condicionado"."Por forma a salvaguardar todas as condições de utilização e segurança - por indicação dos operadores Galp e Mobiletric -- informamos que se encontra a decorrer uma ação de manutenção, o que irá condicionar o carregamento rápido em algumas tomadas de corrente contínua (Chademo e CCS)", lê-se.
"Sugerimos que antes de programar a sua viagem valide o estado das tomadas dos postos da Galp e da Mobiletric em https://www.mobie.pt/map", acrescenta a informação.
A Lusa questionou a Mobiletric sobre a situação.
Na sua tomada pública de posição, a UVE considerou que os dois operadores tiveram uma "atitude inaceitável" e deixaram "vários utilizadores de veículos elétricos, que estavam em viagem com as suas famílias, sem possibilidade de regressar às suas casas, tendo necessidade de recorrer a carregamentos em tomadas domésticas ou ao reboque das suas viaturas".
A associação refere-se que a intervenção se deveu ao "estado muito degradado das fichas Chademo dos respetivos PCR que alegadamente punham em causa a segurança dos seus utilizadores" e que em causa está o desligar "sem aviso prévio e durante um fim de semana" e quando a rede é ainda "insuficiente e ainda não cobre todo o território".
Os utilizadores argumentam ainda que cabia à Mobi.E "exigir aos operadores o anúncio público e prévio do desligar dos PCR, e, não tendo os operadores em causa procedido em conformidade, deveria ter sido ela própria a avisar os utilizadores".
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