Mercado social de arrendamento "incrementado" em 2014
O mercado social de arrendamento deve ser “incrementado” em 2014, enquanto a reforma do regime de arrendamento urbano deve prosseguir, segundo o anteprojeto das Grandes Opções do Plano (GOP), a que a Lusa teve acesso.
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Casa GOP
De acordo com o documento, deve haver uma “aplicação efetiva” dos mecanismos de proteção social dos mais idosos e carenciados no âmbito da aplicação da lei do arrendamento urbano.
“Deverá ser dada também especial atenção às atualizações de rendas nos faseamentos a 10 anos e proceder à revisão dos regimes de renda condicionada e apoiada”, lê-se no anteprojeto.
Na área da reabilitação urbana, cuja reforma também já foi iniciada, deve continuar o “incentivo à criação e delimitação de áreas de reabilitação urbana (ARU), constituindo prioridades de ação urbanística por parte dos municípios e de atração do investimento”.
Os modelos de financiamento dos programas públicos de incentivo à reabilitação de edifícios, em especial os destinados ao arrendamento, são mencionados como opções do Governo, que indicou o lançamento de um novo programa.
Depois do programa Reabilitar para Arrendar, dirigido a entidades públicas, “será lançado um novo programa de apoio à reabilitação de edifícios particulares de habitação para arrendamento”.
O executivo indicou ainda o incentivo para os municípios reabilitarem bairros sociais e áreas urbanas carenciadas, lembrando o “programa Prohabita na sua nova vertente dirigida ao realojamento”.
Para simplificar e reduzir custos, deverá ser “operacionalizado o Regime Excecional de Reabilitação de Edifícios”, enquanto se dá início a um “processo de ajustamento ao nível dos benefícios fiscais existentes”.
Em 2014, será concluído o “documento de estratégia para o setor da habitação, tendo por principal objetivo a criação de uma visão de longo prazo para facilitar o acesso das famílias portuguesas a uma habitação condigna, num ambiente sustentável”.
O Governo aprovou a 05 de setembro o anteprojeto das GOP com as grandes linhas orientadoras para o próximo ano e enviou-o hoje ao Conselho Económico e Social (CES) para que este órgão emita o respetivo parecer.
Após o parecer do CES, o Governo aprovará a proposta final de GOP para 2014 e, juntamente com a proposta de Orçamento do Estado, enviá-las-á para a Assembleia da República até 15 de outubro.
O anteprojeto das GOP enviado ao CES apresenta um cenário macroeconómico desatualizado, tal como já tinha sido assumido pelo ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes.
O governante especificou que o anteprojeto contém "o cenário macroeconómico oficial, existente neste momento", ou seja, o que resulta do sétimo exame regular de maio, e que o novo cenário macroeconómico só decorrerá do oitavo, que arranca na próxima segunda-feira.