Investimento cai 56,5% em julho e resulta de compra de imóveis
O investimento captado através dos vistos 'gold' caiu 50,5% em julho, face a junho, e 56% em termos homólogos, para 26,1 milhões de euros, tendo sido apenas concedidas autorizações de residência por via da compra de imóveis.
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De acordo com os dados estatísticos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), em julho o investimento resultante da Autorização de Residência para a atividade de Investimento (ARI), como também são conhecidos os vistos 'gold', atingiu 26.116.230 euros, uma quebra de 50,5% face a junho, e um recuo de 56,3% relativamente a julho de 2017.
Em julho, de acordo com os dados, o investimento resultou apenas da compra de bens imóveis.
Foram concedidos 47 vistos, dos quais sete para reabilitação urbana.
Desde a atribuição do primeiro visto para reabilitação urbana - em julho de 2016 - foram concedidos 171 vistos 'dourados' mediante este requisito.
Nos primeiros sete meses do ano, o investimento captado através deste instrumento totalizou 510.145.428,98 euros, o que representa uma queda de 22,2% face ao período homólogo de 2017.
Em termos acumulados - desde que os vistos 'gold' começaram a ser atribuídos, em 08 de outubro de 2012, até julho último, o investimento total captado ascende a 3.921.411.271,37 euros, dos quais 366.144.760,19 euros por via da transferência de capital e 3.555.266.511,18 euros pela aquisição de bens imóveis.
Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento, foram atribuídos 6.416 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016, 1.351 em 2017 e 863 em 2018.
Em termos acumulados, foram concedidos 6.064 vistos pelo requisito da aquisição de bens imóveis, 341 por transferência de capital, e 11 pela criação de, pelo menos, 10 postos de trabalho.
A China lidera a lista de ARI atribuídas (3.912 até julho), seguida do Brasil (568), África do Sul (257), Turquia (228) e Rússia (222).
As novas regras para a obtenção de vistos 'gold', que alargaram os critérios de investimento para cidadãos fora da União Europeia a áreas como reabilitação urbana e ciência, entre outras, entraram em vigor em 03 de setembro de 2015.
Desde 2013 foram atribuídas 10.867 autorizações de residência a familiares reagrupados: 576 em 2013, 2.395 em 2014, 1.322 em 2015, 2.344 em 2016, 2.678 em 2017 e 1.552 em 2018.