Investimento dos vistos 'gold' em abril cai 17,8% para 52,2 milhões
O investimento captado através dos vistos 'gold' caiu 17,8% em abril, face a igual mês de 2018, para 52,2 milhões de euros, segundo contas feitas pela Lusa com base nas estatísticas do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
© LUSA
Casa SEF
Em abril, o investimento proveniente de Autorização de Residência para Atividade de Investimento (ARI) totalizou 52.288.163,23 euros, uma redução de 17,8% face a igual mês de 2018.
Relativamente a março, quando o investimento atingiu 48.368.488 euros, o investimento aumentou 8%, segundo as mesmas contas efetuadas pela Lusa.
Do total do investimento angariado em abril, a maior parte (49.088.163,23 euros) corresponde à atribuição de vistos 'gold' mediante o critério da aquisição de bens imóveis, enquanto os restantes 3.200.000 euros correspondem ao requisito da transferência de capitais.
No mês passado foram atribuídos 92 ARI, dos quais 89 resultante da compra de bens imóveis e três por transferência de capital.
Do total de vistos concedidos com a compra de imóveis, 15 foram atribuídos no âmbito da aquisição tendo em vista a reabilitação urbana.
Nos quatro primeiros meses do ano, o montante acumulado atingiu os 249,1 milhões de euros, menos 30% face ao período homólogo de 2018.
Em mais de seis anos -- o programa ARI foi lançado em outubro de 2012 -, o investimento acumulado até abril totalizou 4.498.944.955,86 euros, com a aquisição de imóveis a somar 4.073.062.563,43 euros.
Os vistos "dourados" atribuídos por via da transferência de capital ascendem a 425.882.392,40 euros.
Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento, foram atribuídos 7.383 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016, 1.351 em 2017, 1.409 em 2018 e 421 em 2019.
Até abril passado, em termos acumulados, foram atribuídos 6.968 vistos "dourados" por via da compra de imóveis, dos quais 312 tendo em vista a reabilitação urbana.
Por requisito da transferência de capital, os vistos concedidos totalizam 400 e foram atribuídos 15 por via da criação de, pelo menos, 10 postos de trabalho.
Por nacionalidades, a China lidera a atribuição de vistos (4.211), seguida do Brasil (722), Turquia (336), África do Sul (291) e Rússia (258).
Desde o início do programa foram atribuídas 12.581 autorizações de residência a familiares reagrupados.