Tudo indica que a sorte vai sorrir ao mercado imobiliário em 2021, ainda assim, o setor aponta o dedo ao Estado como a razão de os investidores internacionais “fugirem” do Governo e das autarquias de Portugal, afirma a Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII).

“Preocupa-nos e assusta-nos o facto de termos um Estado que quer ser mais do que um Estado, que quer ocupar o papel das empresas e da economia”, disse Hugo Santos Ferreira, vice-presidente da APPII, durante uma conferência sobre as tendências e o futuro do setor imobiliário para 2021.

Hugo Santos Ferreira anota que as políticas públicas têm “assustado” os investidores, com o Estado a ser “o principal inimigo dos investidores internacionais. É do Estado que os investidores têm fugido”, fez sobressair.

As autarquias são igualmente responsáveis por esta fuga, aponta o vice-presidente da APPI, pois “preocupa-nos olhar para um Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ou para uma Estratégia de Longo Prazo para a Renovação dos Edifícios (ELPRE) e ver políticas 100% para o Estado e para as entidades públicas e zero para o setor privado".

Hugo Santos Ferreira falou ainda do recente travão dado aos vistos gold e também das medidas que têm sido decretadas no âmbito dos centros comerciais, como a suspensão da renda fixa. “São medidas ilegais e inconstitucionais. É gravíssimo”, rematou o responsável.

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