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Energia: Britânicos pagam “demasiado” por débito direto, diz a Ofgem

A Office of Gas and Electricity Markets afirma que clientes britânicos pagam “demasiado” ao seu fornecedor de energia através do pagamento mensal de débito direto. Sustenta ainda que deviam ser reembolsados anualmente e automaticamente.

Energia: Britânicos pagam “demasiado” por débito direto, diz a Ofgem

A Ofgem, Office of Gas and Electricity Markets (em português, entidade de Mercados de Gás e Eletricidade), do Reino Unido, afirma que os clientes britânicos de fornecedores energéticos "estão a pagar mais do que deviam", através de débito direto. A entidade britânica salienta, em declarações à BBC, que estes “precisam de receber reembolsos anuais automáticos”.

Já há vários anos, que os clientes do Reino Unido se queixam de que as empresas de energia poderão estar a acumular milhares de libras em pagamentos em excesso, sendo que só devolvem o remanescente a pedido, sublinha o regulador britânico.

Agora, a Ofgem propôs que os saldos sejam apurados uma vez por ano, alegando que os fornecedores detinham um excedente de 1,4 mil milhões de libras, e sustentando mesmo que esse "dinheiro era usado para práticas comerciais insustentáveis".

Por seu lado, a Energy UK, que representa os fornecedores de energia britânicos, afirma que os débitos diretos equilibram as faturas, apesar de o consumo doméstico de gás e eletricidade ter variado consideravelmente durante o ano, lê-se em artigo da BBC.

Equilíbrio restaurado

Para todos os clientes que pagam por débito direto, as empresas de energia fixam um montante a cobrar todos os meses. A quantidade baseia-se nas previsões de quanto gás e eletricidade serão utilizados, tendo em conta os registos anteriores.

Muitas vezes, os saldos entram em crédito no verão, quando menos energia é usada. No entanto, saliente-se que, as leituras dos contadores podem mostrar que os débitos diretos foram definidos demasiado alto, o que significa que um cliente paga de forma consistente.

Agora, a Ofgem propôs que, a partir do próximo ano, as empresas reembolsem automaticamente os clientes no início dos pagamentos ou do seu contrato, estimando que recebam, em média, 65 libras, segundo os últimos cálculos.

"Estas novas propostas garantem que os fornecedores não estão a guardar mais dinheiro dos clientes do que o absolutamente necessário, potencialmente devolvendo milhões de libras do dinheiro dos clientes", disse Jonathan Brearley, presidente executivo da Ofgem, em declarações à BBC.

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O regulador disse ter provas de que os pagamentos em excesso estavam a ser usados por alguns fornecedores para sustentar partes do negócio que de outra forma seriam insustentáveis. Para evitar que as empresas aumentem simplesmente os débitos diretos durante um ano, o regulador propõe um limiar para estes pagamentos.

Os clientes que devam dinheiro no final do ano receberão, como acontece atualmente, uma conta de recuperação ou poderão ver os débitos diretos regulares aumentados ao longo do ano seguinte.

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"Da mesma forma que se espera que as pessoas paguem as suas faturas de energia a tempo, achamos justo esperar que os fornecedores de energia façam o mesmo com reembolso", refere Ed Dodman, diretor de assuntos regulatórios da Provedoria de Energia, à BBC.

Em nome dos fornecedores de energia britânicos, a Energy UK afirmou: "O pagamento por débito direto ajuda os clientes a orçamentar, garantindo que pagam um valor regular todos os meses, mesmo que o seu consumo real de energia varie significativamente ao longo do ano." Acrescenta ainda que "alguns fornecedores já reembolsam automaticamente os saldos do crédito, pelo que temos agora de analisar em detalhe as propostas da Ofgem."

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