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Prestação da casa vai subir para contratos com Euribor a 3 e a 6 meses

A prestação paga pelos clientes ao banco no crédito à habitação vai subir ligeiramente em abril nos contratos indexados à Euribor a três e a seis meses face às últimas revisões, segundo a simulação da Deco/Dinheiro&Direitos.

Prestação da casa vai subir para contratos com Euribor a 3 e a 6 meses
Notícias ao Minuto

19:05 - 31/03/21 por Lusa

Casa Abril

Um cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros a 30 anos, indexado à Euribor a seis meses e com um 'spread' (margem de lucro do banco) de 1% paga a partir de abril 447,73 euros de prestação, um aumento de 0,33 euros face aos valores divulgados em 01 de março.

Já no caso dos contratos indexados à Euribor a três meses o valor a pagar passa a ser de 446,22 euros, uma subida de 0,13 euros em relação à última atualização.

Estes valores são calculados tendo em conta as médias da Euribor no mês de março, tendo sido, a seis meses de -0,516% e a três meses de -0,539%. 

Desde abril de 2020 que milhares de famílias não estão a pagar o crédito à habitação, fazendo uso do decreto-lei do Governo que permite moratórias nos créditos à habitação. O período inicial da suspensão dos pagamentos foi entretanto estendido até 30 de setembro de 2021.

Um diploma publicado no ano passado, mas com produção de efeitos em 01 de janeiro de 2021 veio, entretanto, permitir a adesão às moratórias até 31 de março, não podendo o período de aplicação das medidas exceder os nove meses contados da data de comunicação da adesão.

Este limite dos nove meses contempla eventuais períodos que já tenham estado cobertos por moratória.

As taxas Euribor são o principal indexante em Portugal nos contratos bancários que financiam a compra de casa. A Euribor a seis meses é a mais usada, seguida da taxa a três meses.

Em fevereiro, a média da taxa Euribor a seis meses foi de -0,521% e a média da taxa a três meses de -0,541%.

As taxas Euribor estão em terreno negativo desde 2015 e a expectativa é que se mantenham negativas ou perto de 0% nos próximos anos devido sobretudo à política de estímulos monetários do Banco Central Europeu (BCE), o que tem impacto positivo nos créditos bancários, que estão mais baratos.

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