"Prevê-se redução dos espaços nos escritórios e delegações relocalizadas"
Para a Associação portuguesa de facility mangement (APFM), com a necessidade de criar modelos mais flexíveis de ocupação dos espaços, passará a fazer sentido oferecer escritórios coworking.
© Shutterstock
Casa Escritórios
"A necessidade de novos e mais flexíveis modelos de ocupação dos espaços coloca na ordem do dia o desejo de sub-arrendar capacidade em excesso a outras empresas ou profissionais, trazendo a possibilidade de criar receita mas também a exigência de melhores serviços", começa por explica a APFM - Associação portuguesa de facility mangement.
Sublinhe-se que a APFM é uma associação nacional sem fins lucrativos, note-se, que tem como objetivo, o desenvolvimento, a investigação e a divulgação da área profissional denominada “Facility Management”.
Como iremos adaptar os modelos de ocupação?
Para a APFM, prevê-se que os contratos atuais sejam renegociados ou que novos contratos passem a incluir, com maior frequência, a liberdade para o inquilino poder sub-alugar espaços que estejam livres ou sub-aproveitados.
Espera-se ainda a redução dos espaços nos escritórios centrais e que as delegações possam ser redimensionadas e/ou relocalizadas. Ou seja, com menos pessoas a deslocarem-se para os grandes centros urbanos, passará a fazer sentido oferecer alguns escritórios satélite na periferia desses centros urbanos, quando o normal era que isso apenas acontecesse em cidades mais pequenas e distantes desses centros.
Saliente-se que poderão ser espaços de co-work com pagamentos mensais ou semestrais em vez de pisos inteiros alugados por períodos de anos.
Eliminação do espaço individual, na medida em que a ocupação poderá ser feita em qualquer espaço vago
O 'hot desking' significou introduzir na nossa realidade novos conceitos, como a eliminação do espaço individual, na medida em que a ocupação poderia ser feita sobre qualquer espaço vago.
Adicionalmente, com a inversão do rácio, postos de trabalho e de colaboradores, passou-se de uma realidade em que os postos de trabalho tinham de ser maiores ou iguais que o número de colaboradores, para estes poderem equivaler entre 80 a 60% da força de trabalho, revela a APFM, variando em função do setor ou tipologia do trabalho dos colaboradores.
Estas para além de permitirem uma maior flexibilidade em termos de estilos de trabalho individuais, criou um buffer que podia ser utilizado em dias de maior acumulação de colaboradores, evitando o overbooking.
Leia Também: Foram colocados 19.500 m2 de escritórios em Lisboa e 1.800 m2 no Porto