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Teletrabalho? Escritórios não serão trocados. Mas haverá um equilíbrio

Savills revela que o segmento escritórios não será substituído pelo teletrabalho, mas os fatores flexibilidade e equilíbrio estão em agenda.

Teletrabalho? Escritórios não serão trocados. Mas haverá um equilíbrio

A situação pandémica não fez tremer o segmento escritórios, tendo apenas impulsionado tendências que já estavam a ser observadas antes, como o crescimento do teletrabalho e uma maior preocupação com os espaços de trabalho e bem-estar dos colaboradores, refere comunicado enviado aos jornalistas, de acordo com o mais recente estudo da Savills.

Depois de 2020 ter registado o volume de absorção mais baixo desde o ano 2014, prevê-se que o mercado de escritórios em Lisboa irá sofrer um crescimento de “take-up”, quer em volume de m2, quer em número de transações, embora se estime também que no desfecho de 2021 ainda não terão sido alcançados os valores de 2019.

No final de 2020, foram concluídos 19.181 m2 de espaços de escritórios novos, distribuídos por cinco projetos localizados nas zonas Prime CBD, CBD e Corredor Oeste, salienta o mesmo comunicado.

Para 2021, a Savills prevê que haja um incremento de ABL superior a 100 mil m2 com novos projetos a surgirem em todas as zonas do mercado de escritórios de Lisboa.

Uma das grandes tendências que poderá começar a tomar forma já em 2021 é uma aposta em espaços de escritórios mais flexíveis e que acima de tudo voltem a atrair os colaboradores aos seus espaços de trabalho.

Esta flexibilidade passa não só por repensar os layouts atuais, como também pela adotação de novos modelos de ocupação que no nosso mercado ainda estão em estado embrionário, revela a Savills, em comunicado.

Espaços de coworking ou edifícios de escritórios com oferta de espaços flexíveis mais próximos de aglomerados residenciais poderão ser a solução para muitas empresas. Modelos que permitam reduzir o tempo em deslocações, atuando como um local intermédio entre o teletrabalho e o escritório corporativo poderão começar a ser equacionados.

Ainda assim, note que esta tendência sofrerá alguns entraves, tais como: a distância curta entre as cidades portuguesas e a sua periferia e a procura por investidores estrangeiros.

Mercado de escritório no Norte do país

Analisando o mercado de escritórios no Porto, verificou-se um decréscimo do volume de take-up de 17,5%, comparado com os valores apresentados em 2019, refere o mesmo comunicado. No entanto, e contrariando a tendência que se verifica em Lisboa, as operações de expansão das áreas continuam a multiplicar-se, mostrando um mercado forte que continua o seu caminho de afirmação como destino de empresas internacionais.

No total de 2020, foram concluídos perto de 55 mil m2 de novos espaços de escritórios, com os projetos Palácio dos Correios e Porto Office Park a encabeçarem a lista de projetos com maior dimensão. No total dos anos 2021 e 2022, o mercado de escritórios do Porto irá receber cerca de 100.000m2,num total de 18 novos projetos.

Relativamente às rendas praticadas por metro quadrado, verificou-se uma ligeira pressão na área CBD Boavista, mas, segundo o estudo, esta será uma área que deverá recuperar na segunda metade de 2021. Quanto aos valores praticados em zonas fora da cidade do Porto, existiu um aumento nas rendas prime, que pode ser explicada por um aumento da procura para estas zonas geográficas.

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