El Corte Inglés pede ajuda ao BNP Paribas para reduzir a dívida
Grupo de lojas ibérico contratou o banco francês para vender os seus imóveis e ajudá-lo a reduzir o aumento da dívida provocada pela Covid-19. Este é o primeiro passo de uma estratégia para obter cerca de dois mil milhões de euros de receitas.
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Casa El Corte Inglés
O El Corte Inglés decidiu alienar em primeiro lugar o seu portfólio de armazéns. Conforme confirmado por fontes próximas à operação, avança o El Confidencial, o mega grupo ibérico contratou o BNP Paribas para encontrar um investidor que compre o seu portfólio de ativos imobiliários onde armazena a mercadoria, posteriormente vendida nas suas lojas.
Esta transação é o primeiro passo de uma estratégia para obter cerca de dois mil milhões de euros de receitas extraordinárias para reduzir o aumento da dívida provocado pela Covid-19.
Segundo as mesmas fontes, Jean-Bernard Gaudin, Diretor Nacional de Indústria e Logística, e Fernando Sauras, Diretor de Investimentos do mesmo departamento, os executivos do BNP Paribas ficarão encarregues da caderneta de vendas dos armazéns onde o El Corte Inglés guarda as suas mercadorias que abastecem os mais de 100 centros comerciais e supermercados da sua rede de lojas.
Saliente-se que o grupo presidido por Marta Álvarez tem uma divisão logística com 1,2 milhões de m2 em 50 armazéns, centrais e regionais, além dos armazéns dos seus pontos de venda em Espanha e Portugal, entre os quais, estão reboques e outros meios de transporte destinados à entrega ao domicilio e lojas.
Refere ainda o El Confidencial, de acordo com fonte próxima da operação que, o BNP Paribas avaliou estes bens logísticos, em cerca de 400 milhões de euros, onde trabalham cerca de cinco mil pessoas.
Nesse sentido, o El Corte Ingles encomendou ao BNP Paribas a venda de uma parte destes ativos porque continua com o projeto de criar uma filial de modo a servir os seus pontos de venda e terceiros. Ou seja, uma rede de infraestruturas de curta distância para aproveitar todas as ligações de distribuição.
Esta parte do projeto, com a qual o El Corte Inglés quer fazer frente à Amazon, no comércio eletrónico, está nas mãos da Goldman Sachs e da AT Kearney, que atualmente está em processo de separação dos ativos para encontrar um parceiro industrial, refere o El Confidencial.
Ambas as iniciativas são conduzidas por Javier Catena, responsável pela área imobiliária do El Corte Inglés, que recebeu a encomenda de Del Pozo para vender ativos imobiliários por cerca de dois mil milhões de euros.
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