Escritórios: Lisboa e Porto registam menos atividade de arrendamento
Durante o primeiro trimestre de 2021, o mercado de escritórios em Lisboa registou 27 novos contratos de arrendamento, o que representa uma redução homóloga de 34%. Já a atividade de arrendamento no Grande Porto foi reduzida para apenas 2.940 m2 distribuídos em oito negócios.
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O mercado de escritórios em Lisboa registou 27 novos contratos de locação num total de 29.180 m2 transacionados no primeiro trimestre de 2021, o que representa uma descida homóloga de 34%. A seguir a tendência, está a atividade de arrendamento no Grande Porto que, durante o primeiro trimestre de 2021, foi também reduzida, revelam dados da Portugal Marketbeat Snapshot Reports, realizados pela Cushman & Wakefield.
Em Lisboa, o Parque das Nações foi a zona responsável pela maior parcela de absorção no trimestre atual.
Por seu lado, no Porto, Boavista foi a responsável por mais de metade da adesão.
Lisboa
O mercado de escritórios da Grande Lisboa registou 27 novos contratos de locação num total de 29.180 m2 transacionados no primeiro trimestre de 2021, o que representa uma redução homóloga de 34%.
A taxa de vagas, sendo a percentagem de unidades em um imóvel de arrendamento que são ocupados, continua a aumentar, situando-se atualmente em 5,3%.
A zona responsável pela maior parcela de absorção no trimestre atual (35%), foi o Parque das Nações. Registou sete negócios de 10.120 m2, incluindo duas pré-locações no edifício Lumnia num total de 6.000 m2 (primeiro do projeto The Exeo Office Campus). Seguida por outras zonas com 6.410 m2 de área locada, o que representa 22% da ocupação.
O maior crescimento foi registado na zona eixo do Campo Grande à 2.ª circular e noutras zonas, com um acréscimo de 103 e 95 pontos base respetivamente face ao último trimestre.
A oferta futura até 2023 é de 374.370 m2, dos quais 216.810 m2 estão em construção (dos quais 44% já se encontram pré-arrendado ou será para ocupação do proprietário).
Salienta ainda a Cushman & Wakefield que dada a desaceleração da procura na capital, os investidores devem aumentar sua preferência para pré-locação antes da construção.
Porto
A atividade de arrendamento no Grande Porto, durante o primeiro trimestre de 2021, foi reduzida para apenas 2.940 m2 distribuídos em 8 negócios, o que significa uma dimensão média dos negócios de 370 m² na Invicta.
Boavista foi responsável por 64% da adesão e apresentou os dois maiores negócios do ano. Vila Nova de Gaia seguiu com 19% e registou o terceiro maior negócio.
Depois de um bom momento no mercado de escritórios, durante 2020, o Grande Porto beneficiou da concretização de projetos de grande qualidade, a totalizar de 58.800 m2.
Estima-se que para os próximos três anos, a oferta futura será em 82.270 m2, dos quais já estão em construção 47.600 m2 (60% dos quais já arrendados ou para ocupação pelo proprietário).
O principal projeto em construção é o Porto Business Plaza a ser concluído com 15.500 m2 e desenvolvido pela SDCi, que já conta com várias pré-locações assinadas.
Investimento?
Embora os investidores imobiliários demonstrem estar bem capitalizados nesta crise, com volumes substanciais de liquidez prontos para serem implantados, continuam a administrar de forma meticulosa as carteiras atuais, analisando novas oportunidades de mercado.
Refletindo um nível de atividade muito reduzido ao longo do primeiro trimestre de 2021, o investimento institucional atingiu apenas 202 milhões de euros, refere a Cushman & Wakefield.
A grande maioria do investimento foi feito no sector de escritórios (66%), através da venda da carteira Navigator (fundo Maxirent, maioritariamente composto por ativos de escritório) por cerca de 120 milhões de euros.
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