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Futuro do trabalho será híbrido, mas empresas não têm um plano definido

Nove em cada dez organizações poderão combinar o trabalho remoto com o local. No entanto, as empresas continuam sem uma estratégia definida, segundo a recente pesquisa da McKinsey.

Futuro do trabalho será híbrido, mas empresas não têm um plano definido

No futuro pós-pandemia do trabalho, nove em cada dez empresas poderão combinar o trabalho remoto com o local, de acordo com 100 executivos inquiridos no novo questionário da McKinsey sobre o futuro do trabalho

Ainda assim, apesar da adoção de um modelo híbrido, a maioria das organizações não tem uma estratégia definida e só começou ainda a articular esta ideia, sendo que estão apenas em fase de perceber como poderão realizar uma mistura de trabalho remoto com o local para as funções que não são consideradas essenciais a serem desempenhadas na sede da empresa.

O futuro será mais híbrido

Antes da crise da Covid-19, a maioria das empresas exigia que os funcionários passassem mais tempo no local de trabalho. Atualmente, a história é outra.

Os executivos dizem que o modelo híbrido tornar-se-á mais comum, sendo que esperam que os funcionários passem a estar no local de trabalho cerca de 21% e 80% do tempo, ou um dia a quatro por semana.

Embora nove em cada dez executivos imaginem um modelo híbrido no futuro, a maioria ainda só tem um plano para executá-lo, na melhor das hipóteses, sendo que apenas uma em cada dez organizações começou a testar esta visão.

A pesquisa da McKinsey também confirma que, durante a pandemia, a maioria das empresas (58%) observou aumentos na produtividade individual e da equipa, resultado de um maior foco e energia dos funcionários e um aumento na satisfação dos seus clientes também. Contudo, um terço adicional afirma que a produtividade não mudou. 

As empresas atrasadas, que representam 10% dos entrevistados, relatam que a produtividade individual diminuiu durante a pandemia. 

Por que algumas empresas obtiveram maior produtividade durante a pandemia que outras? 

De acordo com a pesquisa da McKinsey, o segredo está nas interações.

As empresas com maior produtividade são as únicas que apoiam pequenas interações entre colegas, note-se. Dois terços desses líderes relatam que estes tipos de contactos aumentaram, em comparação com 9% dos que não registaram produtividade.

Em todas as organizações, os executivos já reconhecem a necessidade de redesenhar os processos para melhor apoiar uma força de trabalho remota. À medida que as organizações procuram codificar o modelo híbrido, há evidências de que a abordagem para uma restruturação dos processos será um habilitador importante.

Outro processo crucial para reconsiderar no mundo híbrido, sublinha ainda a McKinsey, recai na contratação. Mas, devem as organizações abrir a sua procura de talentos além dos locais de recrutamento tradicionais?

Durante a pandemia, quase dois terços das organizações mudaram o processo de recrutamento para ambientes remotos, mas apenas uma em cada três reinventou a contratação do zero.

Em contraste, 40% dos líderes de produtividade redesenharam todo o seu processo de contratação, sendo que quase dois terços das organizações reavaliaram o número de pessoas em cada função e em cada função na empresa. 

Algumas empresas foram ainda mais longe, afirma McKinsey. À medida que as organizações redesenham o seu futuro híbrido, combinaram a força de trabalho com as prioridades certas podendo, assim, ajudar a impulsionar as melhorias de produtividade.

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