Londres: Contratação de escritórios em mínimos históricos
No primeiro trimestre de 2021, a contratação de escritórios no centro de Londres foi de 125 mil m2, o que significa que está em níveis nunca antes registados. Já a oferta disponível continua a aumentar segundo dados da CBRE.
© REUTERS/Toby Melville
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A contratação de escritórios no centro de Londres foi de 125 mil m2, no primeiro trimestre de 2021, sendo este a maior percentagem registada desde o início da pandemia. De acordo com os mais recentes dados da CBRE, a que o Ejeprime teve acesso, as contratações aumentaram 55% em relação ao último trimestre do ano passado, embora ainda tenham sido 56% inferiores à média trimestral dos últimos dez anos.
Agora que doze meses passaram desde o início da pandemia, o impacto que teve no mercado pode ser analisado. Assim, a contratação de escritórios no último ano e até o primeiro trimestre de 2021 foi de 410 mil m2, a menor já registada e 66% inferior à média anual.
Embora a procura por espaço nos escritórios continue em alta, a sua disponibilidade no centro de Londres não parou de aumentar desde o início da pandemia.
Desse modo, no final de março, a última a disponibilidade de escritórios passou para 2,35 milhões de m2, 81% a mais do que em março de 2020. Sendo este o maior nível observado desde 2003, quando a oferta atingiu 2,5 milhões de m2 como resultado de o colapso da bolha pontocom, refere o Ejeprime.
O baixo volume de contratação e o aumento contínuo do espaço liberado pelos inquilinos significa que a oferta disponível tem crescido desde o início da pandemia.
Com isso, no final de março, a taxa de desemprego subiu para 8,9%, segundo o CBRE. Nesse contexto, as organizações estão a paralisar projetos e, no final de março, havia um total de 168 mil m2 de novas construções disponíveis para arrendar, sendo este um valor abaixo de 42% da média histórica.
Já as transações de ativos abrandaram nos primeiros meses do ano, após o forte dinamismo do final de 2020. Assim, no primeiro trimestre, 1,5 mil milhões de euros foram investidos em escritórios no centro de Londres, 58% menos que a média dos últimos dez anos entre janeiro e março.
Revela ainda o Ejeprime que os investidores britânicos responderam por 38% de toda a atividade de investimento, seguidos pelos asiáticos (24%) e europeus (20%).
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