Eis uma proposta criada pelo arquiteto Van Bo Le-Mentzal, sendo, talvez, a menor casa projetada no mundo. Esta estrutura de apenas um metro quadrado foi concebida como uma experiência para que as pessoas reflitam sobre a forma como definem o conceito de lar, uma vez que "você pode declarar os parques como seu jardim ou a cidade como sua sala de estar", afirma o arquiteto.

Este conceito surgiu da própria vivência de Le-Mentzal, note-se, já que passou parte da vida como refugiado, movendo-se e dependendo de subsídios sociais ou de habitação social. 

Avança o Archdaily que o abrigo é uma questão primordial na Arquitetura. As formas de habitar e se relacionar com o espaço no qual vivemos cotidianamente é uma eterna discussão da disciplina que se propõe a trazer uma melhor qualidade de vida, mas também inovar nas questões do morar.

Ao agregar outras camadas como especulação imobiliária, uma grande densidade habitacional em centros urbanos, a busca pelo nomadismo ou, até mesmo, a mera vontade de seguir uma tendência, o debate em torno das casas de pequena escala estão cada vez mais presentes. A pensar nisso, o Archdaily pergunta: Qual o mínimo de área necessária para viver?

No contexto urbano, devido à grande densidade de construções, é mais comum encontrar apartamentos de pequena escala do que casas. E esta casa de um metro quadrado é exemplo disso.

O Arquiteto alemão, fundador do Hartz IV Möbel, Van Bo Le-Mentzel, criou a que seria a menor casa do mundo. Feita de madeira com uma superfície de somente um metro quadrado, que através de uma simples ação pode transformar-se num lugar para dormir.

Dada a sua experiência como refugiado, decidiu construir uma casa, com materiais simples, capazes de serem encontrados em qualquer loja de material de construção, que pudesse ser levada a todas as partes e pudesse ficar em qualquer lugar que quisesse chamar de lar.

"Quando buscas um apartamento, por exemplo, a primeira coisa que olha é a localização, e (depois) nos números. Mas quando realmente pensas nisso, os metros quadrados não dizem nada sobre a qualidade da casa, a vista da janela, como cheira, se os vizinhos são agradáveis. Estas são todas as coisas que não se pode colocar em números”, revela o arquiteto.

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