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Crédito à habitação: Tudo o que deve saber sobre o período de carência

Geralmente, as famílias pedem um período de carência ao banco, nomeadamente no crédito à habitação, como uma forma de minimizarem os custos mensais em tempos de crise. Mas será que esta é uma boa opção?

Crédito à habitação: Tudo o que deve saber sobre o período de carência

Na rubrica semanal destinada a todos os consumidores em Portugal da Deco Alerta, visto na plataforma do idealista, o período de carência ao banco, nomeadamente no crédito à habitação, surge como tema de destaque. Em causa, está o requisito por parte de muitas famílias que, devido às despesas que tinham em plena pandemia da Covid-19, sentiram a necessidade de procurar uma solução provisória.

Mas será esta a escolha mais acertada?

Note que o período de carência (de capital) trata-se de uma solução possível e temporária para quem se encontra em incumprimento ou em risco de não cumprir as prestações do crédito.

Ainda assim, é uma decisão que terá de ser ponderada cuidadosamente, revela o idealista, de acordo com a Deco Alerta.

Antes de mais, "as prestações de um crédito são compostas por uma parcela de capital e outra de juros", começa por esclarecer a defesa do consumidor.

"Ora, durante o período de carência, o consumidor contrata com a instituição de crédito um período durante o qual não há lugar a amortização de capital, acontecendo apenas pagamento de juros", sustenta. A prestação durante este período é, por isso, menor do que a prestação anterior, pois deixa de incluir a componente do capital.

Nesse sentido, o período de carência consiste num intervalo de tempo livremente acordado por si e pela entidade bancária ou instituição de crédito. Este intervalo tem, por norma, a duração entre seis e 24 meses. Mas, alerta a DECO, depende sempre de cada situação, podendo mesmo ser prorrogado.

Embora seja uma opção na renegociação de créditos, o período de carência, numa perspetiva a médio e longo prazo, tem algumas desvantagens.

Após o término do período de carência, o valor da prestação aumenta, uma vez que aquela parcela de capital que não foi liquidada durante a carência, sendo então diluída ao longo do prazo remanescente do crédito.

Sustenta ainda a DECO, que quanto maior o período de carência, menor é o prazo de que o consumidor dispõe para o reembolso do capital e, assim, maior será o aumento da prestação face à do período de carência.

Além desta desvantagem, existe ainda a possibilidade da instituição de crédito agravar o spread.

Por isso, a DECO aconselha a contactar o banco e a pedir uma simulação que indique o prazo da carência, o valor da prestação durante aquele período e o aumento da prestação no fim do mesmo, antes de negociar um período de carência, refere o idealista.

Caso decida mesmo avançar com esta renegociação, "não se esqueça que será necessário assinar um aditamento ao contrato do crédito, pois é uma alteração ao conteúdo do contrato inicial", finaliza a DECO.

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