Menos escritórios depois da Covid-19? CBRE prevê queda de 7%
A consultora imobiliária estima que o impacto nos edifícios de escritórios seja limitado. Ainda assim, esta é "uma redução que teria ocorrido de qualquer maneira devido ao próprio setor, mas durante um período mais longo."
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De acordo com um relatório divulgado pela consultora imobiliária CBRE, que analisou o impacto do teletrabalho no setor escritórios, estima-se que a redução da procura seja em torno de 7% nos próximos três anos, "uma descida que teria ocorrido de qualquer maneira devido ao próprio setor, mas durante um período mais longo”, sustenta. A notícia é adiantada pelo jornal espanhol especializado no setor imobiliário, Ejeprime.
Para a CBRE, o teletrabalho poderá representar cerca de 22% do trabalho num ambiente pós-pandémico, ou seja, “isso significaria uma redução de cerca de 14% do espaço (físico) necessário”, refere o mesmo relatório a que o jornal espanhol teve acesso.
Por fim, e “após um ligeiro ajuste em 2021," a CBRE prevê "um aumento das rendas (deste setor) que poderá chegar a 1,9% nos próximos cinco anos."
Em causa, estão os dados do Eurostat de 2018, que divulgaram, na altura, uma taxa de aderência ao teletrabalho em Espanha como uma das mais baixas da Europa: 3,2% contra 9,9% da média da UE, recorda a CBRE.
"Na nossa opinião, o fato de mais trabalhadores trabalharem remotamente por mais tempo não reduz por si só a necessidade de espaço para escritórios”, revela o mesmo relatório. Assim, a consultora imobiliária estima também um aumento do espaço por trabalhador a médio e curto prazo decorrente da maior distância interpessoal por parte dos colaboradores.
Da mesma forma, a CBRE considera que o design dos espaços destinados aos escritórios deverá ser adaptado de maneira a combinar a distância presencial e a disponibilizar espaços suficientes para a realização de reuniões online sem causar transtornos, bem como mais espaços para interação.
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