Espanha: Investimento imobiliário caiu 19% no primeiro semestre de 2021
O volume atingido no primeiro trimestre de 2021 rondou os 4.167 milhões de euros, o que significa menos 19% do que o observado no mesmo período de 2020.
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O investimento imobiliário em Espanha está a ganhar terreno, ainda que a um ritmo lento. O volume atingido no primeiro trimestre de 2021 rondou os 4.167 milhões de euros, o que significa menos 19% do que o observado no mesmo período de 2020, quando se atingiu um volume de cerca de 5.160 milhões, refere o Ejeprime, jornal espanhol especializado no setor imobiliário.
No segundo trimestre foram investidos 2.515 milhões de euros, mais 52% do que o visto no primeiro trimestre. “Com taxas de juros mínimas e grande liquidez no mercado financeiro, o apetite do investidor pelo setor imobiliário, principalmente por ativos que ofereçam maior segurança de renda, continua alto”, afirma Lola Martínez Brioso, diretora do departamento de Pesquisa de CBRE.
A forte procura por produtos de qualidade está a reduzir a rentabilidade das operações, que é de 3,5% nos melhores edifícios de escritórios. O setor de logística, por sua vez, viu o seu yield (medida de rentabilidade) reduzido no último trimestre, passando de 4,75% para 4,25%, note-se. Por setores, o investimento no primeiro semestre foi marcado por um elevado interesse no setor industrial e logístico, que representou 29% do investimento total, seguido pelo setor residencial (24%), hotelaria (20%) e escritórios (12%).
Os investidores nacionais aumentaram a sua participação no primeiro semestre de 2021, pois representam 49% do volume total investido (26% em 2020 e 36% em 2019), direcionando os seus investimentos para o setor industrial e de logística (959 milhões) e setor hoteleiro (474 milhões), faz notar o jornal espanhol.
Entre os investidores internacionais, os protagonistas têm sido os da França e Alemanha, com 9% do investimento total, respetivamente, e os dos Estados Unidos (8%). “Também estamos a ver novos investidores a entrar na Espanha em busca de oportunidades”, sustenta Lola Martínez.
Os fundos institucionais e de investimento continuam a ser os principais atores. Os Socimis espanhóis permanecem nos mesmos níveis em relação a 2019 e 2020, abrangendo 7% do investimento imobiliário.
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