Lisboa e Porto registam queda das rendas das casas no 1.º trimestre
As rendas da habitação subiram 5,5% face aos primeiros três meses de 2020 para uma média de 5,80 euros por metro quadrado. Em Lisboa, Porto e mais alguns concelhos o valor caiu.
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Apesar da atual pandemia, as rendas da casa continuam a subir, como mostram os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Se no final do ano passado, a média nacional era de 5,61 euros por metro quadrado, este valor subiu para 5,80 euros no arranque do ano. Um aumento de 5,5%, superior ao registado no trimestre anterior. Ainda assim, os preços não subiram em todos os concelhos do país.
"Em Lisboa, Porto, e Almada observaram-se reduções das rendas, face ao período homólogo", revela o INE.
No 1.º trimestre de 2021, entre os 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, são de destacar Lisboa (-9,2%), Porto (-6,7%), e Almada (-1,1%) como os municípios das áreas metropolitanas que apresentaram uma diminuição da renda mediana. Fora destas áreas é ainda de salientar Braga que registou uma diminuição homóloga das rendas (-3,6%).
Ainda assim, faz notar o INE que, tal como no trimestre anterior, todos os municípios das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, com exceção de Santa Maria da Feira e Gondomar, registaram rendas medianas com níveis superiores à nacional, mas variações homólogas diferenciadas.
Em sentido inverso, ainda dentro deste conjunto, apenas quatro registaram variações homólogas positivas da renda mediana e superiores à variação nacional: Gondomar (+12,0%), Guimarães (+9,8%), Loures (+7,6%) e Santa Maria da Feira (+8,3%).
Por referência ao número de novos contratos de arrendamento, verificou-se um aumento face ao mesmo mês de 2020, em Barcelos (+13,4%), Vila Nova de Famalicão (+8,3%), Almada (+4,5%), Porto (+3,4%), Lisboa (+3,1%) e Braga (+2,0%).
Assim, os municípios de Lisboa (10,99 €/m2 e -9,2%), Porto (8,30 €/m2 e -6,7%), Oeiras (9,62 €/m2 e -6,2%), Odivelas (8,07 €/m2 e -3,1%) e Almada (8,29 €/m2 e -1,1%), "destacaram-se com valores de novos contratos de arrendamento mais elevados e com diminuição nos valores de rendas", refere o INE.
Em sentido inverso, com aumento dos valores de rendas, refira-se Cascais (10,49 €/m2 e +0,7%). Já a Amadora registou uma taxa nula. Para além dos municípios das áreas metropolitanas, apenas Funchal (6,69 €/m2) e Coimbra (5,96 €/m2) apresentaram rendas medianas superiores à nacional, tendo, porém, a cidade do Funchal, registado uma redução homóloga do seu valor (-1,0%), segundo os dados divulgados esta terça-feira.
Algarve e Região Autónoma da Madeira com diminuição do valor das rendas, face ao período homólogo
Nos três primeiros meses deste ano, dentro do conjunto das sub-regiões com valores medianos de rendas superiores ao nacional, Área Metropolitana de Lisboa (8,52 €/m2), Algarve (6,67€/m2), Área Metropolitana do Porto (6,15 €/m2) e Região Autónoma da Madeira (5,9€/m2), a Região Autónoma da Madeira (-0,2%) e o Algarve (-0,9%) registaram uma diminuição dos valores de arrendamento face ao período homólogo e as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto registaram uma variação homóloga positiva mas inferior à observada para o conjunto do país.
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