O segmento de Business Service Centres, ou Centros de Serviços Partilhados (BSC), é uma tendência em franco crescimento. De acordo com a consultora imobiliária Savill, este tipo de espaço de trabalho poderá dar resposta à necessidade das empresas de otimizarem recursos, assegurando níveis de produtividade máximos com custos mais competitivos, salvaguardando sempre a qualidade do processo produtivo. Mas serão os Centros de Serviços Partilhados os novos modelos de organização em Portugal?

Segundo o mais recente estudo da Savills, 'Portugal no Radar dos Business Service Centres (BSC): a Atratividade do Mercado Imobiliário, Edição 2021', a que o Notícias ao Minuto teve acesso, em Portugal, contam-se atualmente 175 Centros de Serviços Partilhados, em Lisboa, Porto, Braga e Aveiro.

Dados da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) mostram que, nos Business Service Centres em Portugal, 85% dos colaboradores tem formação superior, 45% dos centros operam em mais do que uma língua, 35% dos centros prestam serviços de TIC e software e 8% dos colaboradores são de nacionalidades estrangeiras. E nos últimos cinco anos, verificou-se ainda uma taxa de crescimento anual de 14% do número de centros no país, faz notar a Savills.

Segundo a consultora imobiliária, as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto são preferências evidentes para a instalação de Business Service Centres em Portugal. Nos últimos anos, estes dois polos receberam investimentos estrangeiros, tendo sido o destino de vários Centros de Competência.

Dados partilhados pela AICEP no relatório da Savills, indicam também que a capital portuguesa recebeu cerca de 40 novas empresas dedicadas às Tecnologias de Informação, entre 2016 e 2020, atualmente registando 111 Business Service Centres.

A Savills realça ainda o programa Tech Visas, que se assume como uma ferramenta importante para permitir que as empresas portuguesas tecnológicas e inovadoras de alcance internacional possam integrar quadros altamente qualificados no mercado nacional, lê-se no documento.

Nesse sentido, de acordo com o estudo, tudo leva a crer que Portugal reúne as condições para ser o país de referência para a instalação de BSC, e que o mercado imobiliário nacional, no seu todo, terá a capacidade, como se tem vindo a verificar, para se adaptar às novas tendências e exigências do setor dos Business Service Centres.

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