Madeira: Negócio de arrendar casas ao governo já abrange 287 contratos
Na Madeira, arrendar casas ao governo para depois subarrendar às famílias carenciadas já chega a quase três centenas de contratos. O governo paga aos proprietários um valor médio de 438 euros, por um T2, e 500 euros, por um T3, no Funchal, mas os últimos contratualizados estão bem acima dessa média.
© Pixabay
Casa Arrendamento
Na Madeira, o negócio de arrendar casas ao governo para depois serem subarrendadas a famílias carenciadas já chega a quase três centenas de contratos. De acordo com o Jornal da Madeira, o governo paga aos proprietários um valor médio de 438 euros, por um T2, e 500 euros, por um T3, no Funchal. Mas os últimos contratualizados estão bem acima dessa média, faz notar o jornal. Os imóveis disponíveis são, sobretudo, de tipologia T2, embora também haja dezenas de T1 e T3.
No final do mês passado, o Governo Regional foi ao mercado privado arrendar cinco imóveis para habitação social, a preços entre os 350 euros e os cerca de 800 euros, por mês. O imóvel mais caro corresponde a uma moradia de tipologia T3, no Funchal, lê-se no documento.
Para ficar com este (último) imóvel, o executivo terá de pagar, em média, pouco mais de 810 euros mensais. Já um T2 num condomínio fechado, no Imaculado Coração de Maria, tem um custo mensal de 580 euros.
Mas, de acordo com o Jornal da Madeira, os imóveis agora contratados estão acima do valor médio que o Governo Regional habitualmente paga. Ou seja, por um T2 no Funchal, a Investimentos Habitacionais da Madeira (IHM) paga um valor médio de 438,33 euros e por um T3, 500,48 euros, de acordo com os dados fornecidos pela empresa pública.
A discrepância verificada poderá ser explicada pela circunstância de o valor dos arrendamentos estar a crescer na Madeira e de, apenas durante a pandemia, ter subido 5,2%, o quarto maior do país, segundo dados do idealista, lê-se no artigo.
Note que é o Programa de Arrendamento da Investimentos Habitacionais da Madeira (IHM) tem de lidar com estes e outros valores referência, uma vez que os imóveis estão no mercado livre. Sublinha o jornal que este programa apresenta-se como uma mais-valia para o governo porque o parque habitacional social está preenchido e fazer novas habitações é demorado e custa mais caro, a curto e médio prazo.
Ora, esta solução tem a vantagem de ir buscar ao mercado recursos já existentes. Saliente-se que a IHM gere já um importante conjunto de fogos arrendados nos concelhos da Região Autónoma da Madeira que, “para além de constituir um recurso extraordinário de respostas habitacionais, vem contribuir para a dinamização do mercado de arrendamento e valorizar socialmente as habitações disponíveis no mercado”, pode ler-se no site oficial.
Nesse sentido, a Investimentos “tem contratualizados 287 contratos de arrendamento para subarrendamento a famílias." E “desde janeiro de 2020, foram concretizadas doze novas contratações”, adianta a empresa pública, prevendo “contratar mais nove arrendamentos no curto prazo”.
Leia Também: Madeira com oito novos casos de Covid-19 e 104 situações ativas