Procura por crédito da casa regista aumento, ainda que ligeiro, em 2021
Segundo o Banco de Portugal, isto deve-se à “confiança dos consumidores e ao nível das taxas de juro contribuíram ligeiramente para o aumento da procura de crédito.”
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Casa Crédito à habitação
Num momento em que o montante concedido de crédito à habitação cresceu em 2020, embora de forma menos acentuada do que nos anos anteriores, a procura por créditos à habitação registou um aumento, ainda que ligeiro, entre abril e junho de 2021 face ao período homólogo, segundo o Banco de Portugal (BdP).
Durante esta semana, o Banco de Portugal divulgou o Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito. De acordo com os resultados, o BdP referiu que houve um “aumento ligeiro no crédito à habitação” entre o segundo trimestre de 2021 e o período homólogo. "Nos empréstimos a particulares distingue-se o crédito à habitação do restante crédito", sustenta o BdP.
Isto deve-se a pelo menos dois fatores, a “confiança dos consumidores e o nível das taxas de juro contribuíram ligeiramente para o aumento da procura de crédito”, lê-se no documento.
Segundo o mesmo inquérito, a manutenção dos termos e condições de acesso aos créditos a particulares também podem ter ajudado, sendo que apenas se registou uma “ligeira redução dos spreads aplicados nos empréstimos de risco médio concedidos a particulares para habitação”.
Já no que diz respeito ao crédito à habitação, “a perceção de riscos e as pressões exercidas pela concorrência contribuíram para a diminuição dos spreads nos empréstimos de risco médio”, revela ainda a entidade.
Por referência à proporção de pedidos de empréstimo rejeitados, o BdP revela que verificou-se um ligeiro aumento no crédito a empresas, uma ligeira diminuição no crédito ao consumo e praticamente sem alteração no crédito à habitação.
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