Construção e imobiliário entre os melhores desempenhos laborais em 2020
Segundo o Guia do Mercado Laboral 2021 (GML) da Hays, Portugal continua a ser um dos países mais atrativos para estes investimentos, algo que fortaleceu o sector e que permite ser uma fonte de esperança para a economia nacional.
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Casa Imobiliário
Em 2020, o mercado português da construção e imobiliário demonstrou um balanço positivo. De acordo com os dados do Guia do Mercado Laboral 2021 (GML) da Hays, a que o Diário Imobiliário teve acesso, isto significa que estes mercados foram dois dos sectores que divulgaram o melhor desempenho no contexto da atual pandemia.
Segundo a consultora, Portugal continua a ser um dos países mais atrativos para estes investimentos, algo que fortaleceu o sector e que permite ser uma fonte de esperança para a economia nacional, lê-se no documento.
"A digitalização e a aposta nas energias renováveis foram a grande tendência deste mercado neste último ano e em muito contribuíram para este bom desempenho. O sector começou a investir mais na profissionalização e na digitalização", começa por revelar João Fonseca, Section Manager na Hays Portugal, por referência às tendências no setor.
"Simultaneamente", continua, " a construção de parques solares e eólicos, influenciou a contratação de engenheiros especializados nestas áreas”, sustenta.
O ano foi marcado por obras públicas de grande dimensão e por obras privadas no segmento residencial, cujo o impacto positivo contribuiu para este bom desempenho, mostram os mesmos dados.
Ainda de acordo com informação disponibilizada no GML 2021, os profissionais deste sector que responderam ao inquérito: 63% não negociaram o pacote salarial atual, 13% foram aumentados e 4% foram promovidos em 2020. Cerca de 37% recusaram ofertas de emprego em 2020 e 30% revelaram estar disponíveis para trabalhar no estrangeiro.
Embora tenha sido um dos sectores com melhor desempenho no contexto da pandemia, a verdade é que a área da construção e imobiliário enfrenta o novo ano com alguma incerteza, segundo a Hays.
Ainda assim, João Fonseca explica que “para resistir a uma possível recessão, o ano de 2021 conta com os sectores do imobiliário, construção e investimento público, que têm dado sinais de serem as áreas que melhor estão a sobreviver ao impacto da pandemia”.
Além do segmento residencial, a área industrial também é uma das fortes apostas no investimento imobiliário em 2021. Quanto ao sector público, salienta-se a prioridade dada a obras de vias de comunicação e energias renováveis, revela o Diário Imobiliário, segundo o Guia do Mercado Laboral 2021.
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