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Setor residencial atrai investidores. Retalho acusa efeitos da pandemia

Nos primeiros seis meses de 2021, verificou-se um total de investimento de 190 milhões de euros no segmento residencial (PRS) e segmentos alternativos. Já o mercado de retalho totalizou cerca de 85 milhões de euros de volume de investimento, um valor inferior à média dos últimos cinco primeiros semestres.

Setor residencial atrai investidores. Retalho acusa efeitos da pandemia

A grande tendência emergente é o aumento do interesse dos investidores pelo segmento residencial (PRS) e segmentos alternativos. Por seu lado, o mercado do retalho continua a acusar os efeitos colaterais da crise pandémica e os resultados alcançados permitem observar uma maior cautela dos investidores face a este segmento.

De acordo com os dados hoje divulgados pela consultora imobiliária internacional Savills, enviados às redações, no 1.º semestre de 2021, o mercado de retalho somou cerca de 85 milhões de euros de volume de investimento total, um valor substancialmente inferior à média dos últimos 5 primeiros semestres, situada nos 500 milhões de euros.

Por seu lado, o segmento residencial (PRS) e segmentos alternativos somaram um total de investimento de 190 milhões de euros.

Segundo os mesmos dados, a que o Notícias ao Minuto teve acesso, as transações de Centros Comerciais dão agora lugar à venda de lojas de comércio de rua, com uma procura ativa direcionadas para unidades alimentares, tendência alinhada com o cenário vivido noutros países europeus.

Mas o interesse dos investidores recai no segmento residencial (PRS) e nos segmentos alternativos que totalizaram um investimento de 190 milhões de euros, na primeira metade de 2021. No caso dos segmentos alternativos, que exerceram um peso de 21% no total dos 190 milhões de euros, é importante salvaguardar que parte do montante de investimento observado reporta a operações de forward-funding, informa a Savills.

Como apontado nas últimas previsões da Savills Portugal, na segunda metade de 2021 deverá assistir-se à conclusão de algumas operações que irão elevar mais significativamente o volume total de investimento em 2021. À medida que Portugal avança no seu plano de desconfinamento e as deslocações retomam o seu ritmo normal, também os processos de decisão deverão ser retomados com maior celeridade, pode-se ler no comunicado.

De acordo com os dados da consultora, a procura por ativos 'prime' permanecerá com uma competição aguerrida face a uma maior escassez de produto, a par e passo com uma procura igualmente direcionada para produtos de promoção.

Segundo a consultora imobiliária, Portugal irá manter-se firme nos radares dos investidores internacionais, com os segmentos de escritórios, hospitality e de alternativos a captarem o interesse dos investidores. Já o segmento de industrial e logística, apesar do dinamismo observado no mercado ocupacional, continuará a ver o crescimento dos seus volumes de investimento travado por uma oferta ainda escassa.

Para o fecho do ano 2021, a Savills Portugal prevê ainda um volume de investimento que poderá atingir os 2,8 mil milhões de euros, mas que está muito dependente da conclusão de uma operação-chave para o alcance deste resultado. Assumindo uma previsão mais conservadora e admitindo derrapagens, o ano 2021 poderá fechar nos 1,9 mil milhões de euros, sendo esperada uma recuperação dos níveis de atividade do mercado de investimento imobiliário nacional num ritmo mais acelerado e sólido no ano 2022, lê-se no documento.

Para Alberto Henriques, Capital Markets Associate Director da Savills Portugal, "um excelente indicador de retoma do ritmo de atividade na segunda metade do ano foi o arranque fortíssimo do 3.º trimestre de 2021 que, à data do final do mês de julho, contabiliza já mais de 300 milhões de euros, tendo o potencial de se tornar o segmento com maior volume de transações em 2021."

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