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Mercado de escritórios de Lisboa recupera no início do 2.º semestre

Em julho, o mercado de escritórios de Lisboa registou uma absorção de 13 mil m2. Apesar da quebra de 19% nos primeiros sete meses de 2021, a Savills antevê uma recuperação deste segmento na segunda metade do ano, com o levantamento progressivo das medidas de combate à Covid-19.

Mercado de escritórios de Lisboa recupera no início do 2.º semestre

O mercado de escritórios de Lisboa recuperou no início do segundo semestre, com a absorção de 13 mil m2 em julho. De acordo com a análise realizada pela consultora imobiliária internacional Savills, apesar da quebra de 19% nos primeiros sete meses de 2021, a mediadora prevê-se uma recuperação deste segmento na segunda metade do ano, com o levantamento progressivo das medidas de combate à Covid-19.

Segundo o comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, entre janeiro e julho de 2021, o mercado de escritórios de Lisboa contabilizou um volume de absorção total aproximado de 68.700 m2. Estes valores representam um decréscimo de 19% comparativamente ao período homólogo, e uma quebra de 45% face ao volume alcançado no período homólogo de 2019.

"É também curioso observar as novas tendências que a pandemia trouxe aos espaços de trabalho", começa por revelar Ana Redondo, Associate Director do Departamento de Office Agency da Savills Portugal.

"Com as zonas centrais a apresentarem taxas de disponibilidade cada vez mais residuais, a procura de localizações secundárias e espaços de trabalho mais alternativos vieram diversificar o perfil de procura", sustenta a responsável.

No 1.º semestre de 2021, a zona do Parque das Nações (Zona 5) observou o maior volume de absorção, com aproximadamente 21.000 m2. No entanto, em julho, a zona com maior volume de absorção foi a zona 7 (Outras zonas), com cerca de 7.770 m2, lê-se no documento. Por sua vez, a zona 2 (CBD) manteve os seus níveis de ocupação estáveis. Ao contrário da Prime CBD, que teve um decréscimo de 61%, mostram os dados hoje divulgados.

Nos sete primeiros meses do ano, foram fechadas 67 operações, mais 10 do que entre janeiro e julho de 2020, sendo que a zona que apresentou o maior número de transações foi a zona 2 (CBD), com 19 transações e uma área média contratada de 512 m2, lê-se no documento. 

Por referência aos setores de atividade mais dinâmicos, o setor das TMT’s & Utilities continua a exercer um peso significativo (47%) no volume total de absorção do mercado de escritórios de Lisboa. De acordo com a Savills, das 67 operações fechadas até julho, registou-se o maior número de operações para áreas até aos 300 m2. No entanto, o maior volume de absorção fixou-se no intervalo de áreas dos 1.501 m2 aos 3.000 m2, totalizando cerca de 17.500 m2.

Em julho de 2021, o maior motivo de procura foi a mudança de edifício, com 11 das 13 operações fechadas no mês em questão, um total de volume de absorção de 11.311 m2, ou seja, cerca de 85% do total de transações. A mudança de edifício para espaços de escritórios com áreas compreendidas entre os 301 m2 e os 800 m2 foram as mais comuns, seguindo as áreas até aos 300 m2.

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