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Setor das Ciências da Vida poderá precisar de mais escritórios até 2022

A imobiliária Savills prevê que setor europeu das Ciências da Vida irá precisar de mais 474 mil m2 de novos escritórios e instalações laboratoriais até 2022, motivada pelo volume de investimentos de cerca de 10 mil milhões de euros feitos no setor entre 2019 e 2020. Estima-se que por cada mil milhões investidos serão necessários 46 mil m2.

Setor das Ciências da Vida poderá precisar de mais escritórios até 2022

Até ao final de 2022, espera-se que sejam criados mais 474 mil m2 de novos espaços de escritórios e instalações laboratoriais para o setor das Ciências da Vida na Europa, prevê a consultora imobiliária internacional Savills. De acordo com o estudo 'European Life Sciences', enviado ao Notícias ao Minuto, em comunicado, a Savills estima que os 10,2 mil milhões de euros investidos no setor entre 2019 e 2020 vão exigir a criação de novos espaços para as empresas das Ciências da Vida sediadas no continente europeu.

Segundo a mesma nota, entre 2016 e 2020, foram criados mais de 650 mil m2 de novos escritórios e laboratórios na Europa que englobam áreas como biotecnologia, investigação biomédica, produtos farmacêuticos e genómica. Estes novos espaços foram o resultado de um volume de investimento de cerca de 13,2 mil milhões de euros feitos nas empresas deste setor entre 2014 e 2018, lê-se no documento.

Na primeira metade do ano, foram investidos cerca de 4 mil milhões de euros neste setor, mais de metade do volume registado em 2020 (aproximadamente 6 mil milhões de euros), o que indicia uma atração cada vez maior deste setor. Assim, a Savills estima que, por cada mil milhões de euros investidos, sejam criados 46 mil m2 de novos espaços para executar as injeções de capital.

Em Portugal, setor das Ciências da Vida segue tendência de crescimento europeia

De acordo com a Savills, entre os anos 2015 e 2020, o setor dos Laboratórios Farmacêuticos foi responsável pela ocupação de mais de 30.000 m2 de espaços de escritórios no Mercado de Escritórios de Lisboa. Este valor traduziu um peso residual de 3,4% face à soma do volume total de área ocupada no período dos últimos 6 anos.

Contudo, o mercado português tende a caminhar em direção à tendência europeia. Em 2020, o setor registou o segundo maior volume de ocupação dos últimos 6 anos e viu o seu peso aumentar de 2,3%, em 2019, para 6,3%, em 2020.

"O aumento expectável da procura por parte deste setor, surge um interesse crescente pela aposta em serviços de cuidados de saúde e alojamento direcionados à classe sénior", começa por revelar Alexandra Gomes, Head of Research da Savills Portugal.

Os "programas governamentais de incentivo ao desenvolvimento e criação de empresas e organizações com capacidade científica e tecnológica", são igualmente motivo da "procura futura de novos espaços de escritórios inseridos neste segmento de atividade", na perspetiva da responsável.

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