A verdade é que o gasto energético dos edifícios é elevado e terá tendência a aumentar nos próximos anos. Assim, já são vários os profissionais do setor, bem como os consumidores, a optarem por soluções de construção centradas na redução energética. Contudo, as fórmulas para o fazer deram origem a alguns mitos que podem estar a impedir a redução do consumo, informa a Magazine Imobiliário.

Com isso em mente, a Sto, empresa alemã especializada no desenvolvimento de materiais e soluções sustentáveis de construção, analisou a credibilidade de algumas medidas que podem ajudar os consumidores e os profissionais a tomar a decisão mais acertada e concluiu que há 4 mitos sobre a poupança energética e só uma verdade. Ora veja.

“A poupança de energia é a única forma de reduzir a poluição causada pela nova construção.”

Falso.

Segundo a revista, este é um dos elementos mais importantes para conseguir reduzir a poluição, mas não o único. Isto porque a utilização de materiais naturais, a escolha adequada dos métodos de construção, os hábitos comportamentais ou as mudanças na usabilidade dos edifícios de modo a aumentar a sua vida útil, também são fatores que deverão ser tomados em consideração.

“Com o aquecimento global, diminuirá a necessidade de isolamento térmico das casas e edifícios”

Falso.

O aquecimento global não se trata de um aumento das temperaturas, mas sim de uma instabilidade no clima, escreve a Magazine Imobiliária, citando a Sto. Por conseguinte, o isolamento térmico tornar-se-á cada vez mais uma forma viável de alcançar a eficiência energética.

“Deixar o aquecimento ligado todo o dia a uma temperatura média gasta menos”

Falso.

Note que quando o aquecimento é desligado, o sistema deixa de utilizar energia. Portanto, é aconselhável desligar o aquecimento durante as horas de sono ou quando não está em casa.

“A poupança de energia e a eficiência energética são a mesma coisa”

Falso.

Estes termos são frequentemente utilizados uma vez que ambos se referem a um gasto de energia menor do que o habitual. No entanto, a forma de conseguir esta redução é muito diferente nestas duas formas, faz notar a revista. A poupança de energia implica uma mudança de hábitos. Já a eficiência energética implica um investimento económico, em troca de um menor consumo de energia ao longo de toda a vida útil da casa.

“Uma grande parte da climatização de uma casa perde-se através de paredes e tetos”

 Verdadeiro.

De realçar que a perda de climatização não é exclusiva de portas e janelas. Assim, deverá apostar no isolamento térmico das fachadas, pois poderá permite reduzir até 70% das fugas de ar, contribuindo assim para a poupança de energia.

“Um edifício de energia quase zero é mais caro do que um edifício normal”

Depende. 

Por exemplo, os edifícios Passivhaus são cerca de 10% mais caros do que os edifícios tradicionais. Contudo, o seu consumo de energia é 80% mais baixo, tal como os seus custos de manutenção.

Leia Também: Vai de férias? Saiba como poupar energia quando não está em casa