WorldGBC atualiza acordo para edifícios carbono líquido zero. O que muda?
O 'Compromisso para Edifícios Carbono Líquido Zero' do World Green Building Council (WorldGBC) passará a incluir carbono incorporado. Assim, a partir de 2023, todas as empresas e organizações deverão passar a considerar o impacto do ciclo de vida de todos os novos edifícios e relatar as atividades de negócios que influenciem a redução indireta das emissões de carbono.
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No dia 15 de setembro, o World Green Building Council (WorldGBC) anunciou uma atualização do seu 'Compromisso para Edifícios Carbono Líquido Zero': Passará a incluir carbono incorporado. De acordo com a revista Edifícios e Energia, que adianta com a informação, isto significa que, a partir de 2023, todas as empresas e organizações deverão passar a considerar o impacto do ciclo de vida de todos os novos edifícios e relatar as atividades de negócios que influenciem a redução indireta das emissões de carbono.
Note que este documento já exigia que todos os agentes de construção que fazem parte da rede do WorldGBC contabilizassem todas as emissões de carbono operacional até 2030. Contudo, a partir de 1 de janeiro de 2023, haverá novos requisitos.
Segundo a revista, a partir do ano de 2023, todas as empresas e organizações terão de considerar o impacto do ciclo de vida de todos os novos edifícios e grandes renovações, exigindo que estes sejam construídos de forma mais eficiente e alimentados por energias renováveis, com reduções no carbono incorporado e compensação de todas as emissões iniciais residuais.
Paralelamente, as empresas e organizações também terão de rastrear e relatar as atividades de negócios que influenciem a redução indireta das emissões de carbono. “A atualização do Compromisso para Edifícios Carbono Líquido Zero do WorldGBC eleva a ambição do sector de construção civil de ir mais longe e mais rápido na descarbonização", revela Cristina Gamboa, CEO do WorldGBC, citada em comunicado a que a revista teve acesso.
Esta atualização do acordo serve também para promover ações de liderança que visem diminuir o carbono incorporado e as emissões associadas às operações de construção. "(A atualização) define uma meta para compensar as emissões associadas a edifícios e construção, e os benefícios sociais e ambientais tangíveis dessa abordagem criam um poderoso catalisador para atingir as metas do Acordo de Paris e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável", reforça Cristina Gamboa.
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