A verdade é que investir em imóveis comporta mais riscos do que aquilo que muitos pensam, começa por revelar o consultor em finanças imobiliárias, Gonçalo Rodrigues. O primeiro risco que figura nos destaques do consultor, evidenciado no artigo escrito para o Doutor Finanças, é o 'Risco de Mercado'. Isto porque nas palavras do consultor, os preços e as rendas podem subir ou descer, o que significa que se pode perder um inquilino, ou um arrendatário pode falhar no pagamento das rendas. Mas quais são os principais riscos de investir em imobiliário?

"Começo pelo risco legislativo e fiscal", salienta Gonçalo Rodrigues. "As alterações legislativas e a instabilidade fiscal são uma constante no nosso país, sendo complicado para qualquer investidor ter um grau de segurança sobre o enquadramento legal e fiscal da sua área de atividade", sustenta. E o setor do imobiliário não é diferente.

De acordo com o consultor, o setor imobiliário é o ativo financeiro mais penalizado por fiscalidade em Portugal. Isto porque tem incidência fiscal na compra, na transformação, na propriedade e na venda.

Outro dos principais riscos de investir em imobiliário recai na alavancagem, ou seja, ao nível de endividamento. O ativo imobiliário é passível de ser financiado e existem cada vez mais investidores a recorrer à dívida para concretizar os seus investimentos, refere Gonçalo Rodrigues.

Assim, o risco financeiro (excesso de alavancagem) e o risco de taxa de juro andam lado a lado. De realçar que, neste último caso, existe o risco de taxa de juro nos investimentos imobiliários. Isto é, uma subida do indexante pode resultar num aumento da taxa de juro do financiamento e, por consequência, da prestação a pagar. 

Por fim, ainda surge o risco de meio-ambiente que poderá colocar em risco total um investimento imobiliário, dá conta o consultor.

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