Edifícios poderão funcionar como árvores no futuro, revelam especialistas
Depois da pandemia ter provocado novos contornos no que se refere às necessidades e exigências habitacionais e laborais de cada um, os especialistas do setor estão todos de acordo com um ponto: "A madeira industrial é um material-chave para o futuro habitacional."
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A verdade é que a Covid-19 trouxe várias mudanças à maneira como vivemos e trabalhamos. Isto porque a nova realidade ganhou outros contornos no que se refere às necessidades e exigências habitacionais e laborais de cada um. Mas o que dizem os especialistas sobre o futuro da construção?
Edifícios poderão funcionar como árvores no futuro, revelam especialistas. O objetivo é romper com o modelo compulsivo baseado no consumo e dar prioridade ao meio ambiente. "Trata-se de erguer prédios com um metabolismo interno que se comportam como árvores", declara Vicente Guallart, arquiteto-chefe da Câmara Municipal de Barcelona, ao El País.
Para Vicente Guallart, "a população tornar-se-á mais sustentável e autossuficiente". A proposta do codiretor do Mestrado em Edifícios Ecológicos Avançados e Bioládas é baseada "na economia circular, produção local e gestão de resíduos". Ou seja, os edifícios passarão a "armazenar e a gerar energia, a reciclar água e a construir uma rede interna de informações entre os habitantes", pois o essencial é "construir prédios que durem muito tempo", reforça.
E isso só será possível com a madeira industrial que é considerada pelo arquiteto-chefe da Câmara Municipal de Barcelona como um "material-chave para o futuro habitacional." E a Greenpeace concorda, escreve o jornal espanhol.
"Em comparação com cimento, concreto, alumínio ou PVC, a madeira é o material com menor pegada de carbono. A chave é recuperá-la e reciclá-la como os franceses e ingleses já fazem", revela Nanqui Soto, porta-voz do Greenpeace.
Contudo, "não se trata de substituir materiais por outros, ou de substituir os 1.400 milhões de carros a diesel e gasolina por carros elétricos, alerta Joám Evans, diretor da Fundação Montescola. O mais importante, daqui para a frente, é sim "mudar o paradigma, de reutilizar resíduos e de conter a mineração urbana que chegou até aos oceanos", sustenta o responsável.
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