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Bancos emprestaram 1.331 milhões para a compra de casa em setembro

Em setembro, os bancos concederam 1.995 milhões de euros de novos empréstimos aos particulares. Destes, cerca de 1.331 milhões de euros foram facultados para a compra de casa, revelam dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal.

Bancos emprestaram 1.331 milhões para a compra de casa em setembro

Em setembro, os bancos concederam 1.995 milhões de euros de novos empréstimos aos particulares. De acordo com o Banco de Portugal, este montante divide-se em 1.331 milhões de euros para a compra de casa, valor superior em 70 milhões de euros ao registado em agosto, 437 milhões de euros para a finalidade consumo, e 227 milhões de euros para outros fins.

Segundo os dados divulgados esta quarta-feira, ainda no mesmo mês em análise, enquanto os montantes de novos empréstimos ao consumo e outros fins têm assumido valores relativamente estáveis, os novos empréstimos à habitação têm registado uma tendência de crescimento.

Entre janeiro e setembro de 2021, os novos empréstimos à habitação representavam, em média, 68% do total dos novos empréstimos a particulares (um peso próximo ao observado em 2007), lê-se no mesmo documento.

No total, os bancos concederam 1.995 milhões de euros em novos empréstimos aos particulares, em setembro, face aos 1.861 milhões de euros de agosto.

já no que concerne à taxa de juro destes empréstimos permaneceu em valores historicamente baixos, fixando-se, pelo terceiro mês consecutivo, em 0,8%. No crédito ao consumo, a taxa de juro média foi de 6,51%.

Por outro lado, em setembro, "o montante de novos empréstimos concedidos pelos bancos às empresas aumentou 239 milhões de euros, para 2.256 milhões, dos quais 60% corresponderam a empréstimos de montante igual ou inferior a um milhão de euros", salientou o BdP.

Segundo o banco central, "a taxa de juro média dos novos empréstimos a empresas manteve-se em níveis historicamente baixos: 2,03% em setembro, valor acima do registado em agosto de 2021 (1,91%) e em setembro do ano passado (2,00%)."

"A análise por classe de montante mostra que a taxa de juro dos novos empréstimos de montante inferior ou igual a um milhão de euros se manteve em 2,22% e a taxa de juro dos empréstimos de montante superior a um milhão de euros subiu para 1,76%", acrescentou.

E depósitos?

O comunicado do BdP salientou ainda "que, em setembro, o montante de novos depósitos de particulares foi de 3.522 milhões de euros, menos 224 milhões do que no mês anterior", sublinhando que "setembro é um mês em que, tradicionalmente, a constituição de novos depósitos se reduz. A taxa de juro média foi de 0,05%".

Já no caso das empresas, no mesmo mês, o montante de novos depósitos "foi de 856 milhões de euros, dos quais 769 milhões de euros foram aplicados em depósitos até um ano, remunerados a uma taxa de juro média de 0,04%. Na área do euro, a taxa de juro dos novos depósitos de empresas é negativa desde agosto de 2019 e o diferencial em relação à taxa média em Portugal tem vindo a aumentar", lê-se na mesma nota.

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