Diretiva para o Desempenho Energético dos Edifícios: O que está em falta?
A qualidade do ambiente interior (IEQ) deverá integrar a próxima revisão da diretiva para o Desempenho Energético dos Edifícios (EPBD) e as orientações europeias para a 'Renovation Wave' como estratégia para edifícios mais saudáveis, revelam 12 representantes da indústria europeia no campo dos sistemas técnicos de construção.
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De forma a tornar os edifícios mais saudáveis, a qualidade do ambiente interior (IEQ) deverá integrar a próxima revisão da diretiva para o Desempenho Energético dos Edifícios (EPBD) e as orientações europeias para a 'Renovation Wave', revelam 12 representantes da indústria europeia no campo dos sistemas técnicos de construção.
Segundo avança a revista Edifícios e Energia, 12 associações europeias, incluindo a REHVA (Federação Europeia das Associações de Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado) entregaram à Comissão Europeia (CE) uma declaração intitulada 'Edifícios saudáveis para todos'.
De acordo com a revista, na próxima revisão da EPBD, estes representantes querem que Bruxelas estabeleça requisitos mínimos obrigatórios para a IEQ e acelere a substituição de sistemas antigos com tecnologia mais recentes.
Deste modo, a Comissão Europeia deverá incluir um padrão de renovação que inclua a inclusão da IEQ num enquadramento atualizado dos Certificados Energéticos e a extensão dos esquemas de inspeção dos Sistemas de Construção Técnicos (TBS), como sistemas de controlo e automação dos edifícios, sistemas de iluminação ou sistemas de ventilação mecânica.
Este conjunto de instituições defende ainda o desenvolvimento de normas que garantam o uso de tecnologias inteligentes para edifícios saudáveis e de um smart readiness indicator (SRI) melhorado, que reflita a importância da IEQ.
De acordo com a revista, propõem também a introdução de indicadores que contribuem para a IEQ no Observatório do parque imobiliário europeu, como a qualidade do ar interior, iluminação, conforto térmico, ventilação, humidade, ruído, entre outros.
Relativamente à Estratégia de Longo Prazo para a Renovação dos Edifícios (ELPRE), os representantes querem que Bruxelas assegure a qualidade do ambiente interior nos Estados Membros, para facilitar uma avaliação do estado do parque imobiliário.
Nesta tutela, a REHVA e os restantes assinantes querem ainda que os edifícios novos e existentes sejam alvo de contínua monitorização e avaliação, a partir de 2025, para que seja possível manter as metas e a realidade alinhadas.
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