O investimento no setor residencial irá rivalizar com os volumes de ativos imobiliários mais tradicionais, como os escritórios, durante a próxima década. Esta uma das conclusões que a plataforma Iberian Property retira após analisar o relatório 'Oportunidades de Crescimento na Indústria Viva' realizados pela consultora imobiliária JLL.

Segundo o mesmo documento, em 2030, um terço de todo o investimento direto global em imobiliário será no setor residencial, acima dos 25% registados em 2020, escreve a plataforma.

"A concorrência para o produto habitacional intensificou-se em todo o mundo e não há indicação de que o interesse dos investidores neste tipo de ativos diminua", começa por revelar Sean Coghlan, chefe global de pesquisa de mercados de capitais na JLL.

A quota do setor nos fluxos de capitais continuará a ser impulsionada por tendências demográficas positivas e fatores favoráveis para a economia e mercados de capitais, o que acelerará o crescimento nos mercados emergentes na Ásia-Pacífico e na Europa, escreve a plataforma, citando a mediadora.

Estes concentram-se principalmente nos segmentos convencionais de construção de habitação, uma vez que os investidores reconhecem cada vez mais o perfil de rentabilidade favorável, oportunidades de crescimento e fundamentos em termos de investimento de arrendamento oferecido por estes ativos.

Ao nível global, os investidores atribuíram, no ano passado, um capital total ao setor residencial perto de 200 mil milhões de dólares (aproximadamente 173 mil milhões de euros no câmbio atual). Assim, a JLL prevê que a sua predisposição para com estes ativos aumente face ao aumento da urbanização e de outros fatores, como a acessibilidade das casas.

"Depois de reconhecerem a estabilidade dos fluxos de caixa e a resiliência das atividades do setor residencial, os investidores e os promotores quebraram-se com força e expandiram a sua posição no mercado, procurando expandir-se para além dos mercados institucionais estabelecidos", acrescenta o responsável.

Contudo, as oportunidades no setor habitacional dependem das principais tendências demográficas, dos fundamentos económicos e dos regulamentos locais, explica a consultora imobiliária, fatores que têm impulsionado o desenvolvimento de setores nos EUA, a Alemanha, os Países Baixos e o Reino Unido.

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