Escritórios lideram no mercado imobiliário europeu, revela consultora
Durante o período compreendido entre janeiro e outubro, o mercado europeu de escritórios deverá alcançar 60 mil milhões de euros. Este valor traduz representará 32% do total do mercado imobiliário europeu, abaixo, contudo, da média de 35% dos últimos anos.
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O mercado europeu de escritórios deverá alcançar 60 mil milhões de euros, para o período compreendido entre janeiro e outubro. Este valor representará 32% do total do mercado imobiliário europeu, abaixo, contudo, da média de 35% dos últimos anos, pode-se ler no comunicado da Savills, enviado aos jornalistas.
"O segmento de escritórios será sempre um dos mais dominantes e com maior procura institucional", começa por revelar Alberto Henriques, Capital Markets Associate Director da Savills Portugal.
Segundo a mesma nota, a que o Notícias ao Minuto teve acesso, a consultora imobiliária prevê que, até ao final de 2021 e durante o próximo ano, o mercado imobiliário continuará a ser capaz de atrair interesse por parte dos investidores. Isto porque as restrições de combate à pandemia, ao nível da mobilidade transfronteiriça, estão a ser levantadas.
Assim, até ao final do ano, estima-se um volume de investimento total de 270 mil milhões de euros no mercado imobiliário na Europa, o que significa um aumento de cerca de 15% face ao volume registado em 2019. Deste modo, 2021 deverá terminar com o 4.º maior volume de investimento anual dos últimos 6 anos.
Contudo, os números sugerem que o segmento de escritórios poderá estar a perder terreno para outras categorias de produtos, como as soluções residenciais e as propriedades dedicadas à área da logística. Prevê-se que o segmento que engloba propriedades habitacionais e soluções residenciais para a terceira idade, tenha alcançado uma representatividade de 29% do total do mercado imobiliário europeu no final do terceiro trimestre. Já o setor da Logística terá conquistado uma parcela de 20% do total desse mercado.
Relativamente ao segmento de arrendamento de escritórios, já é possível verificar um novo ímpeto, alimentado por uma maior procura por novos espaços, fruto do regresso aos escritórios. Contudo, poderá observar-se um aumento correspondente dos valores das rendas dos espaços de escritórios.
"Mesmo após a adoção do 'remote work' como solução complementar ao modelo de trabalho tradicional, o escritório é visto como um espaço fundamental ao bom funcionamento das organizações e estará cada vez mais direcionado para a promoção do bem-estar dos seus utilizadores", acrescenta Alberto Henriques.
Por sua vez, os retalhistas e os operadores logísticos têm vindo a impulsionar a procura por novos espaços para armazenamento. No entanto, a procura tem superado a oferta, pois, no final do segundo trimestre, a taxa de ocupação de espaços logísticos na Europa situava-se nos 95,4%, gerando o aumento dos valores das rendas destes espaços e comprimindo as yields logísticas na Europa.
Quanto ao segmento residencial europeu, foi possível identificar uma escassez de oferta de produtos habitacionais, o que fez também aumentar os valores das rendas neste segmento imobiliário. Deste modo, a Savills calcula que a média da renda de unidades residenciais na Europa tenha aumentado 26%, comparando com a média dos últimos cinco anos.
Faz ainda sobressair a Savills que o volume de investimento no setor residencial deverá manter-se elevado. A procura ultrapassa a oferta de ativos operacionais, pelo que deverá ser esperado um maior investimento em projetos de desenvolvimento.
Quanto à logística na Europa, antevê-se o aumento dos valores das rendas ao longo dos próximos 12 a 18 meses, devido a uma oferta escassa que não consegue corresponder à procura. Este segmento regista maiores níveis de crescimento em mercados em que o comércio eletrónico regista maior taxa de penetração, como nos países nórdicos, Países Baixos e França, dá ainda conta a consultora.
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