Habitação. Como 'desenhar a encomenda' de um projeto de arquitetura?
A ética no mercado imobiliário, o diálogo e conflito como ponto de partida para uma nova ordem de produção, e as etapas para um novo paradigma na construção são os pontos chaves da última sessão do ano do ciclo 'Campo Comum' que acontece esta quarta-feira.
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Casa Arquitetura
Numa época em que é necessário repensar a questão da habitação e da sustentabilidade, Jack Self, fundador do REAL (Real Estate Architecture Laboratory), e Freek Persyn, cofundador do atelier 51N4E, de Bruxelas vêm a Lisboa apresentar as suas práticas e projetos que mostram a possibilidade de uma revolução da propriedade.
Segundo nota enviada às redações, a última sessão do ano do ciclo Campo Comum acontece esta quarta-feira, dia 10 de novembro, focando o potencial dos programas e dos projetos desenvolvidos por iniciativa própria. Com o título 'Desenhar a Encomenda', aborda-se a capacidade de ler os tempos atuais e as estratégias alternativas para fazer nascer um projeto de arquitetura.
De acordo com o mesmo documento, a ética no mercado imobiliário, o diálogo e conflito como ponto de partida para uma nova ordem de produção, e as etapas para um novo paradigma na construção são os pontos chaves desta conversa. Esta é a 5.ª conferência do ciclo que junta a Trienal de Arquitetura de Lisboa e o CCB - Garagem Sul, com curadoria de Diana Menino e Felipe De Ferrari.
De realçar que o REAL é um instituto cultural que promove a igualdade social especializando-se em modelos alternativos de propriedade e de financiamento de projetos de habitação, lê-se no documento. Por seu lado, o 51N4E é um coletivo que se debruça sobre o reordenamento urbano, desenvolvimento de conceitos e transformações espaciais estratégicas, a partir uma abordagem colaborativa.
Desde 2020, Campo Comum já recebeu nomes e ateliers como Assemble (UK), baubüro in situ (CH), Dogma (UK/IT) + Harquitectes (ES), Maria Shéhérazade Giudici + Moisés Puente ou BAST (FR) + AgwA (BE) que trataram temas tão diversos como a transformação e reutilização do edificado pré-existente, o espaço doméstico e o potencial de uma arquitetura sem estatuto, a arquitetura impressa ou a construção.
Faz ainda sobressair o mesmo documento que os bilhetes estão à venda no CCB ou via ticketline.
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