A a filial espanhola da empresa de escritórios de trabalho partilhado (coworking) Wework aumentou os seus prejuízos para 27,5 milhões de euros em 2020. De acordo com as contas do ano de 2020, a que o Ejeprime teve acesso, a empresa com sede na Rua Velázquez, acumulou prejuízos de 46,26 milhões de euros desde que aterrou no mercado espanhol em maio de 2017. Apesar de no início do ano estar a melhorar os seus números, a pandemia foi um "golpe duro" para a WeWork, escreve o jornal.

Apesar de as suas receitas em Espanha terem crescido no ano passado, passando de 22,3 milhões de euros em 2019 para 26,5 milhões em 2020, a empresa não conseguiu reaver os seus investimentos feitos antes da Covid-19 e aumentou os prejuízos para os referidos 27,5 milhões de euros.

Por sua vez, o auditor, a empresa RSM, alerta nas contas da empresa as dificuldades que arrastam no seu negócio e aponta a sua "incerteza" quanto à sua capacidade de continuar como empresa em funcionamento. 

No entanto, a WeWork em Espanha acumula fundos ou capitais próprios negativos de 26,56 milhões de euros, metade do seu capital social, o que significa que está em causa de dissolução e aguarda uma injeção de recursos por parte da 'empresa-mãe'. No ano passado, saliente-se, já veio resgatar a sua filial espanhola com uma contribuição de três milhões de euros, um valor que durante este ano deverá ser superior.

Recorde-se que a WeWork estreou-se na bolsa de Nova Iorque em outubro, com um valor de 9 mil milhões de dólares (aproximadamente 7,73 mil milhões de euros no câmbio atual), apenas dois anos depois de a empresa de escritórios partilhados ter quase falido sob a liderança de Adam Neumann, o antigo CEO da WeWork. 

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