A UCI, instituição financeira especializada na concessão de crédito habitação, assinala que o peso dos cidadãos não residentes no seu volume de crédito concedido se tem mantido estável nos últimos três anos, representando cerca de 10% do total da sua produção, segundo revela comunicado enviado às redações. Contudo, verifica-se que o Reino Unido tem vindo a consolidar-se de forma crescente como líder no crédito concedido a não residentes, atingindo em 2021 cerca de 30% do montante total, sendo líderes por valor financiado.

Isto poderá acontecer porque Portugal é um destino muito atrativo para cidadãos estrangeiros que querem comprar casa, lê-se no documento.

“O cenário do Brexit pode ter gerado nos cidadãos britânicos uma certa insegurança, no entanto, os indicadores demonstram que continuam a confiar no financiamento fora do Reino Unido”, começa por revelar Pedro Megre, CEO da UCI em Portugal.

Já em sentido inverso, os cidadãos brasileiros têm progressivamente perdido alguma da sua importância pesando 18% em 2021, quando em 2019 representavam 23%. No entanto, continuam a ser a nacionalidade com maior número de operações, salienta a UCI.

“O decréscimo do peso dos cidadãos brasileiros, por outro lado, é claramente justificado pelo perfil de compra realizada, sendo operações em média com um valor menor, já que continua a ser a nacionalidade com o maior número de operações”, justifica o gestor. 

Ainda assim, a Alemanha, que em 2020 representava apenas 7% do total de crédito concedido a não residentes, representa já 18% em 2021.

Faz ainda sobressair a instituição financeira, em comunicado, observa-se também em 2021 uma manutenção do montante médio financiado a cidadãos não residentes a rondar os 200 mil euros, valor que supera o montante médio de financiamento para cidadãos residentes.

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