Aumentar a eficiência dos edifícios? "Bombas de calor são a solução"
De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), este tipo de tecnologia desempenha um “papel essencial” para o cumprimento do cenário zero emissões em 2050. No entanto, será necessário alcançar uma média de vendas de três milhões de unidades por mês, até 2030.
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A eletrificação é "uma das formas mais importantes de aumentar a eficiência" sendo que as "bombas de calor são a solução para o aquecimento de espaços." Quem o diz é a Agência Internacional de Energia (AIE), no Energy Efficiency 2021, que promove o “papel essencial das bombas de calor” para a eletrificação dos espaços e do aquecimento de águas.
A verdade é que as soluções elétricas para aquecimento, incluindo as bombas de calor, já estão a ser usadas em vários países, sendo que, no ano passado, Portugal foi considerado o quinto país da UE com mais bombas de calor instaladas, recorda a Edifícios e Energia.
Segundo a AIE, este tipo de tecnologia desempenha um “papel essencial” para o cumprimento do cenário zero emissões em 2050. No entanto, será necessário alcançar uma média de vendas de três milhões de unidades por mês, até 2030.
No entanto, estas soluções são geralmente mais caras do que as que recorrem ao gás natural, reconhece a AIE. Por isso, é vital adotar um conjunto de medidas para colmatar esta situação e incentivar o recurso às bombas de calor.
Deste modo, é preciso garantir que os edifícios sejam construídos de forma eficiente, para reduzir as necessidades energéticas, bem como continuar a desenvolver bombas de calor, para “aumentar a disponibilidade e reduzir o custo (…) numa voltagem residencial (…)."
Nesta senda, a AIE faz ainda sobressair a importância das políticas, que devem incluir incentivos monetários, padrões para se atingir 'net zero emissions' nos edifícios e medidas que extingam a instalação sistemas de aquecimento baseados em combustíveis fósseis.
Saliente-se que associações industriais de aquecimento e arrefecimento renovável europeias já exigiram à Comissão Europeia a estipulação de planos nacionais para descarbonização do setor, incluindo o fim da venda de esquentadores e caldeiras a combustíveis fósseis a partir de 2025, finaliza a revista.
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